A Bolívia como nação inconclusa: o indígena e a luta de classes do governo Sucre à Rebelião de 1899

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A Bolívia como nação inconclusa: o indígena e a luta de classes do governo Sucre à Rebelião de 1899

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dc.contributor Universidade Federal de Santa Catarina
dc.contributor.advisor Paiva, Beatriz Augusto de
dc.contributor.author Luz, Davi Antunes da
dc.date.accessioned 2023-06-28T18:24:56Z
dc.date.available 2023-06-28T18:24:56Z
dc.identifier.other 381175
dc.identifier.uri https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/247375
dc.description Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Socioeconômico, Programa de Pós-Graduação em Serviço Social, Florianópolis, 2022.
dc.description.abstract O trabalho de um povo é a sua condição de existência frente ao meio natural que o envolve, configurando o social que lhe é determinado e é determinante. Com isso, não importa em qual tempo ou lugar no mundo, a terra é meio fundante, o laboratório originário para realização de todas as sociabilidades humanas, tanto a indígena quanto a capitalista. Neste sentido, quando realizada a independência boliviana, pelas mãos dos criollos, dos Libertadores e das aristocracias locais, o país logo enfrentaria sua própria contradição quanto à composição ?geobiossocial? para a construção de uma ?nação?. Nesta dissertação, estudamos a luta de classes Bolívia do século XIX, observando esses dois momentos que compõem o terreno político do Estado: o primeiro de uma série de governos caudillos, em sua grande maioria militares, em que antigos lutadores independentistas lideram campanhas contra seus antigos companheiros de batalha e contra países vizinhos. Este período também seria marcado por uma invasão acelerada do meio comunal, com conformação de novos mercados e estruturas de dominação do indígena frente às políticas liberais e de formação de pequenas propriedades. Ainda, pouco antes do final deste primeiro período, há um momento de contração do território boliviano em si e da morte de milhares de indígenas naquele que seria conhecido como o conflito (sub)imperialista do guano e do salitre: a Guerra do Pacíficos. No segundo período estudado, tem-se a intensificação de novas elites, com o fortalecimento da região paceña, ao passo que fortalece-se o indígena como componente rebelde. Este período terminaria com o conflito conhecido como a Guerra/Rebelião Indígena/Federalista/Civil de 1899, que teria como desfecho a vitória dos representantes do Partido Liberal boliviano. Dessa forma, a presente dissertação estuda a historiografia boliviana desde o primeiro governo Sucre até a vitória liberal em 1899. Utilizamo-nos do método crítico-dialético com a revisão quali-quantitativa da bibliografia utilizada, decompondo a historiografía boliviana para desvelar sua composição social ?dual? e abigarrada. Não obstante, realizamos, na primeira parte do estudo, a descrição detalhada dos dois períodos do século XIX estudados por nós, o caudillista e a fase conservadora das democracias censitárias. Então, por fim, adentramos de forma mais profunda nas razões de ?ser? na Bolívia, com a mediação de duas formas de sociabilidade que são opostas entre si, mas complementares no campo capitalista de extração de valor: a ?forma-valor? e a ?forma-comunidade? que, respectivamente, representam um projeto e práxis de nação ?q?ara/branca/proprietária? e ?indígena/revolucionária/rebelde?. Por fim, o presente trabalho é incompleto em si, dependendo do horizonte histórico anterior, assim como de suas alternativas futuras frente à necessidade de uma revolução indígena. Isto posto, apresentamos aqui o estudo crítico e histórico da Bolívia como território cuja disputa entre indígenas e as oligarquias do século XIX se dá no campo da luta de classes e, como efeito, da luta entre nações e na guerra de classes/raças.
dc.description.abstract Abstract: The work of a people is its condition of existence in the face of the natural environment that surrounds it, configuring the social that is determined and is decisive for it. With that, no matter at what time or place in the world, the earth is a founding medium, the original laboratory for the realization of all human sociability, both indigenous and capitalist. In this sense, when the independence of Bolivia was achieved, at the hands of the criollos, the Liberators and the local aristocracies, the country would soon face its own contradiction regarding the ?geobiosocial? composition of the construction of a ?nation?. In this dissertation, we study the Bolivian class struggle in the 19th century, observing two moments that make up the political terrain of the State: the first of a series of caudillo governments, mostly military, in which former independence fighters led campaigns against their former battle companions and against neighboring countries. This period would also be marked by an accelerated invasion of the communal environment, with the formation of new markets and structures of indigenous domination in the face of liberal policies and the formation of small properties. Still, shortly before the end of this first period, there is a moment of contraction of the Bolivian territory itself and the death of thousands of indigenous people in what would be known as the (sub)imperialist conflict of guano and saltpeter: the War of the Pacific. In the second period studied, there is an intensification of new elites, with the strengthening of La Paz, while the indigenous are strengthened as a rebel component. This period would end with the conflict known as the Indigenous/Federalist/Civil War/Rebellion of 1899, which would end with the victory of the representatives of the Bolivian Liberal Party. Thus, the present dissertation studies Bolivian historiography from the first Sucre government until the liberal victory in 1899. We used the critical-dialectical method with a quali-quantitative review of the bibliography, decomposing Bolivian historiography to reveal its social composition as \" dual? and as abigarada. Nevertheless, in the first part of the study, we carried out a detailed description of the two periods of the 19th century studied by us, the caudillista and the conservative phase of census democracies. Then, finally, we delve deeper into the reasons for ?being? in Bolivia, with the mediation of two forms of sociability that are opposite to each other, but complementary in the capitalist field of value extraction: the ?value-form? and the ?form-community? that, respectively, represent a project and praxis of a ?q'ara/white/proprietary? and ?indigenous/revolutionary/rebel? nation. Finally, the present work is incomplete in itself, depending on the previous historical horizon, as well as its future alternatives in the face of the need for an indigenous revolution. That said, we present here a critical and historical study of Bolivia as a territory whose dispute between indigenous peoples and the oligarchies of the 19th century takes place in the field of class struggle and, as an effect, the struggle between nations and the class/race conflict. en
dc.format.extent 142 p.| il.
dc.language.iso por
dc.publisher 2022
dc.subject.classification Serviço social
dc.subject.classification Indígenas
dc.subject.classification Conflito social
dc.subject.classification Indígenas
dc.title A Bolívia como nação inconclusa: o indígena e a luta de classes do governo Sucre à Rebelião de 1899
dc.type Dissertação (Mestrado)


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