Perfil da saúde mental das parturientes do Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago - HU-UFSC/EBSERH

Abstract

Boas condições psicológicas para atender às próprias necessidades e do filho no período pós-parto são fundamentais para qualquer mulher. Quando se pesquisa saúde mental no período gravídico-puerperal, é buscando descrever o perfil das parturientes que fizeram seu parto na maternidade do Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago, em Santa Catarina, com ênfase nos dados sobre saúde mental registrados em prontuários. Para tanto, é necessário quantificar o número de prontuários das parturientes com anotações relacionadas à saúde mental e identificar dificuldades para caracterizar o perfil da saúde mental das parturientes a partir dos registros. Realiza-se, então, uma pesquisa exploratória quantitativa, conduzida por uma amostra de 152 prontuários a partir dos registros de partos ocorridos em 2019 na instituição. Dados foram coletados por meio de uma ficha de coleta elaborada pelo pesquisador contendo dados sobre saúde mental das parturientes registrados e anotados nos prontuários com base na Escala de Depressão Pós-Parto de Edimburgo. Os dados foram registrados e estruturados no programa Microsoft Office Excel® com análise quantitativa da frequência relativa e absoluta dos registros através do programa estatístico Epi-info® 7.2. Diante disso, verifica-se que o perfil de 152 parturientes predominantemente encontrado foi de mulheres entre 21 a 31 anos, brancas (75,%), com escolaridade até o ensino médio (54,51%) casadas (57,24%), multíparas (65,79%), mães de filhos por via vaginal (64,47%), sem história prévia de aborto (71,05%), gravidez indesejada (59,54%), depressão e ansiedade são os transtornos mentais mais prevalentes, dos 152 prontuários 94,74% não tinha anotações sobre saúde mental e somente oito prontuários (5,26%) com anotações, nota-se o uso de tabaco (5,92%), canabis (3,95%) e álcool (1,32%), além de drogas utilizadas para o tratamento de depressão e ansiedade. O que impõe a constatação que a saúde mental das mulheres no período gravídico puerperal requer maior atenção e melhorias nos registros de assistência em saúde, objetivando a segurança física e emocional no pós-parto, e que dados de saúde mental das mulheres no período gravídico puerperal devem ser alvo de maior cuidado.

Abstract: Good psychological conditions to meet their own needs and that of the child?s in the postpartum period is essential for any woman. When researching mental health in the pregnancy-puerperal period, it is sought to describe the profile of parturients who chilbirth in the maternity of the University Hospital Teacher Polydoro Ernani de São Thiago in Santa Catarina, with emphasis on data on mental health in medical records. Therefore, it is necessary to quantify the number of medical records of parturients with notes related to mental health and to identify difficulties in characterizing the mental health profile of parturients from the records. A quantitative exploratory research is then carried out, conducted by a sample of 152 medical records from the births that took place in 2019 at the institution. Data were collected through a collection form prepared by the researcher containing data on the parturients' mental health recorded and noted in the medical records based on the Edinburgh Postpartum Depression Scale. Data were recorded and structured in the Microsoft Office Excel® program with quantitative analysis of the relative and absolute frequency of records using the Epi-info® 7.2 statistical program. Therefore, it appears that the profile of 152 parturients predominantly found was women between 21 and 31 years old, white (75.%), with schooling up to high school (54.51%), married (57.24%), multiparous women (65.79%), vaginal delivery (64.47%), with no previous history of abortion (71.05%), unwanted pregnancy (59.54%), depression and anxiety are the mental disorders most prevalent, of the 152 medical records, 94.74% had no notes on mental health and only eith records (5.26%) with notes, it is noticed the use of tobacco (5.92%), cannabis (3.95%) and alcohol (1.32%), in addition to drugs used to treat depression and anxiety. What imposes the finding that the mental health of women in the pregnancy-puerperal period requires greater attention and improvements in health care records, aiming at physical and emotional safety in the postpartum period, and that mental health data of women in the pregnancy-puerperal period must be taken care of.