dc.contributor |
Universidade Federal de Santa Catarina |
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dc.contributor.advisor |
Munhoz, Sidnei J |
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dc.contributor.author |
Polatto, Rodrigo Cardoso |
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dc.date.accessioned |
2023-06-28T18:25:46Z |
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dc.date.available |
2023-06-28T18:25:46Z |
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dc.date.issued |
2023 |
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dc.identifier.other |
381753 |
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dc.identifier.uri |
https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/247501 |
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dc.description |
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em História, Florianópolis, 2023. |
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dc.description.abstract |
Esta pesquisa tem o objetivo de investigar e analisar as campanhas antiquadrinhos dos anos 1940 e 1950 ocorridas nos EUA, com o objetivo de demonstrar o caráter político do processo. Essas campanhas associaram a leitura de revistas em quadrinhos com um suposto aumento da delinquência juvenil no pós Segunda Guerra Mundial. Essa ideia foi disseminada principalmente pelo psiquiatra Fredric Wertham, e teve ampla adesão devido ao contexto da Guerra Fria e do macarthismo, período de maior repressão política da história dos EUA. Havia o medo de que influências nocivas externas tivessem o objetivo de implodir o país de dentro para fora, e as revistas foram entendidas como uma dessas influências externas que ameaçavam o American way of life. O movimento contrário a essa mídia foi capitaneado por grupos conservadores, e passou da esfera civil para a legal ao longo da década de 1940, quando o Estado começou a legislar sobre elas. O resultado da perseguição aos quadrinhos foi a aprovação por parte da indústria de um código autorregulatório em 1954 conhecido como código dos quadrinhos ou Comic Code, que restringiu significativamente o que poderia ser representado em tais publicações. A editora EC Comics foi alçada a pivô deste processo, mesmo sendo uma editora pequena na cena de quadrinhos daquele período. A pesquisa procura demonstrar como o protagonismo da EC ocorreu por seu posicionamento crítico à política doméstica estadunidense, levada a cabo como parte do projeto de segurança nacional dos EUA, caracterizado pelo anticomunismo e perseguição a subversivos. Portanto, o trabalho argumenta que as campanhas foram essencialmente políticas e usaram a desculpa dos supostos efeitos nocivos dos quadrinhos em crianças para levar a cabo uma agenda conservadora. Para isso problematiza a associação de quadrinhos com delinquência a partir de teorias recentes sobre a mídia. É feita a análise do furor contrário as revistas que culminou no código através da análise documental direta, partindo de fontes governamentais, jornalísticas entre outras. E por último analisa o discurso político da EC Comics a partir da revista Shock SuspenStories (1952-1955), relacionando-o com seu contexto. Argumenta como a teoria de Wertham sobre quadrinhos e comportamento violento foi cooptada por um a processo político conservador que objetivava coibir o discurso político na mídia popular. A metodologia empregada é a pesquisa documental direta, com uso de fontes primárias, informadas pela principal historiografia sobre o assunto, utilizando também fontes secundárias presentes na mencionada historiografia. |
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dc.description.abstract |
Abstract: This research aims to investigate and analyze the anti-comic campaigns of the 1940s and 1950s that took place in the USA, in order to demonstrate the political character of the process. These campaigns associated the reading of comic books with an alleged increase in juvenile delinquency in the post-World War II. This idea was disseminated mainly by the psychiatrist Fredric Wertham, and was widely accepted due to the context of the Cold War and McCarthyism, the greatest political repression period in US history. There was a fear that harmful external influences had the objective of implode the country from the inside out, and the magazines were understood as one of those external influences that threatened the American way of life. The movement against this media was led by conservative groups, and moved from the civil to the legalsphere throughout the 1940s, when the State began to legislate on them. The result of the persecution of comics was the industry's approval of a self-regulatory code in 1954 known as Comic Code, which significantly restricted what could be represented in such publications. The publisher EC Comics was the pivot of this process, even though it was a small publisher in the comics scene. The research seeks to demonstrate how the role of the EC in the process occurred due to its critical position on US domestic policy, and was carried out as part of the US national security project, characterized by anti-communism and persecution of subversives. Therefore, the work argues that the campaigns were essentially political and used the excuse of the supposed harmful effects of comics on children to carry out a conservative agenda. For this, it problematizes the association of comics with delinquency from recent theories about the media. The analysis of the furor against the magazines that culminated in the code is made through direct documentary analysis, starting from governmental and journalistic sources, among others. Finally, it analyzes EC?s political discourse from the magazine Shock SuspenStories (1952-1955), relating it to its context. It argues how Wertham's theory of comics and violent behavior was co-opted by a conservative political process that aimed to curb political discourse in popular media. The methodology used is direct documentary research, using primary sources, informed by the main historiography on the subject, also using secondary sources present in the aforementioned historiography. |
en |
dc.format.extent |
184 p.| il., gráfs. |
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dc.language.iso |
por |
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dc.subject.classification |
História |
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dc.subject.classification |
Histórias em quadrinhos |
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dc.subject.classification |
Deliquência juvenil |
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dc.subject.classification |
Literatura e história |
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dc.title |
O furor dos quadrinhos nos EUA do pós-guerra, 1940-1954: EC Comics e crítica social |
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dc.type |
Dissertação (Mestrado) |
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