A complexidade do pensamento ecossistêmico na gestão do território: análise e contribuições para indicadores de governança no estado de Santa Catarina

Abstract

O cenário global indica que precisamos de formas diferentes de planejar, construir e governar os territórios, nesse sentido, o estudo partiu do princípio de que um planejamento territorial em direção à sustentabilidade e à resiliência exige uma abordagem ecossistêmica. A pesquisa avaliou esse aspecto sistêmico dos 161 Indicadores de Desempenho de Governança (IDGs) do estado de Santa Catarina, Brasil. Para isso, os IDGs foram avaliados a partir das suas relações com as metas dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização Mundial das Nações Unidas (ONU). Para facilitar a análise dos dados, os 161 IDGs foram agrupados em 13 dimensões ecossistêmicas do desenvolvimento territorial. Todos os resultados médios para as 13 dimensões apresentaram índices inferiores a 50%, entendidos como nível comprometedor frente ao atendimento das metas dos 17 ODS. As conclusões apontam para a necessidade de uma recalibragem da metodologia do governo do estado para conectar os silos de governança e os 161 IDGs aos 17 ODS, por meio da abordagem integrada. Como resultado, sugere-se a evolução do modelo de gestão visando integrar todos os silos de governança por meio de dashboards na ferramenta ProjetaSC.

Abstract: The global scenario indicates the need for different procedures for planning, building, and governing territories. Thus, the research started from the principle that territorial planning toward sustainability and resilience requires an ecosystem approach. The research evaluated the systemic aspect of the 161 Indicadores de Desempenho de Governança (IDGs) (Governance Development Indexes) of Santa Catarina state, Brazil. Therefore, the IDGs were evaluated based on their relationship with the Global Goals of the 17 Sustainable Development Goals (SDGs) of the United Nations Development Programme (UNDP). The 161 IDGs were grouped into 13 ecosystem dimensions of territorial development to facilitate data analysis. The 13 dimensions resulted in average rates below 50%, understood as a compromising level in terms of meeting the Global Goals of the 17 SDGs. The study conclusions indicate the need for a recalibration of the state government's methodology to connect the governance niches and the 161 IDGs to the 17 SDGs, through an integrated approach. The research results suggest a renewal proposal for the state governance model aiming to integrate all the governance niches through dashboards in the ProjetaSC tool.