dc.contributor |
Universidade Federal de Santa Catarina |
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dc.contributor.advisor |
Bastos, João Luiz Dornelles |
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dc.contributor.author |
Bernardo, Fabiula Renilda |
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dc.date.accessioned |
2023-06-28T18:27:05Z |
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dc.date.available |
2023-06-28T18:27:05Z |
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dc.date.issued |
2023 |
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dc.identifier.other |
381541 |
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dc.identifier.uri |
https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/247619 |
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dc.description |
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Florianópolis, 2023. |
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dc.description.abstract |
A discriminação se tornou um importante objeto de pesquisa em saúde coletiva nos últimos anos, com um aumento dos estudos que se dedicam a compreender os seus impactos nas condições de bem-estar, saúde e doença. Buscando avançar no entendimento sobre a temática, uma grande quantidade de escalas destinadas à mensuração das experiências discriminatórias tem sido desenvolvida. Um instrumento específico para o contexto brasileiro foi recentemente proposto, a Escala de Discriminação Explícita (EDE). Apesar de este instrumento ter sido incluído em estudos epidemiológicos brasileiros, seu uso disseminado requer avaliações psicométricas adicionais. Um aspecto que ainda deve ser examinado é a invariância da EDE em múltiplos grupos sociais. O presente estudo teve o objetivo avaliar as propriedades psicométricas da EDE, com particular interesse em sua invariância entre grupos definidos por classe, raça e gênero. Trata-se de uma avaliação psicométrica que utilizou dados de três pesquisas, o estudo transversal com graduandos da Universidade Federal de Santa Catarina (n=1.022), estudo transversal com estudantes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (n=424) e a segunda onda do estudo longitudinal EpiFloripa, realizada com 1.187 adultos residentes em Florianópolis, sul do Brasil. Inicialmente, uma versão abreviada de 8 itens da escala foi avaliada utilizando o método Alignment para verificar sua capacidade de produzir estimativas comparáveis em grupos de gênero, cor/raça e posição socioeconômica. A análise foi conduzida com as amostras de estudantes universitários. Posteriormente, foram examinadas duas versões abreviadas da EDE, com 8 e 7 itens, para verificar sua invariância em grupos de cor/raça, gênero e posição socioeconômica e entre grupos interseccionais, formados pelo cruzamento destes três eixos de marginalização. Os testes foram realizados utilizando a Análise Fatorial Confirmatória Multigrupo (AFCMG) e o Alignment em uma amostra populacional mais ampla e representativa de residentes da área urbana de uma capital do sul do Brasil, Florianópolis. As análises conduzidas com as amostras de graduandos indicaram violação da invariância entre grupos de cor/raça e gênero. As estimativas de discriminação foram, por outro lado, invariantes nos grupos baseados em marcadores posição socioeconômica. Tal cenário de violação de invariância não foi identificado nas versões abreviadas de 8 e 7 itens nas análises conduzidas na amostra do estudo EpiFloripa. Ambas as estratégias (i.e., AFCMG e Alignment) produziram resultados consistentes, sugerindo que as duas versões abreviadas da escala geram estimativas comparáveis de discriminação entre grupos definidos por cor/raça, gênero e posição socioeconômica. As análises utilizando o método de Alignment apontaram, na versão reduzida de 7 itens, apenas um parâmetro (limiar do item i13) com violação de invariância entre o grupo de respondentes negros com menos de 12 anos de escolaridade. Em conjunto, os resultados dão suporte à ideia de que a EDE é capaz de produzir estimativas de discriminação válidas, confiáveis e comparáveis entre diversos grupos da população, particularmente em amostra de adultos representativos de uma capital do sul do Brasil. |
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dc.description.abstract |
Abstract: Discrimination has become an important object of research in collective health in recent years, with an increase in studies that aim to understand its impacts on conditions of wellbeing, health and disease. In order to advance understanding of the subject, a large number of scales aimed at measuring discriminatory experiences have been developed. A specific instrument for the Brazilian context was recently proposed, the Explicit Discrimination Scale (EDE). Although this instrument has been included in Brazilian epidemiological studies, its widespread use requires additional psychometric evaluations. One aspect that still needs to be examined is the invariance of the EDE across multiple social groups. The present study aimed to evaluate the psychometric properties of the EDE, with particular interest in its invariance among groups defined by class, race, and gender.This is a psychometric evaluation that used data from three surveys: a cross-sectional study with undergraduate students at the Federal University of Santa Catarina (n=1,022), a cross-sectional study with students at the State University of Rio de Janeiro (n=424), and the second wave of the EpiFloripa longitudinal study, conducted with 1,187 adults residing in Florianópolis, southern Brazil. Initially, a shortened 8-item version of the scale was evaluated using the Alignment method to verify its ability to produce comparable estimates in groups defined by gender, race/color, and socioeconomic position. The analysis was conducted with the samples of university students. Subsequently, two shortened versions of the EDE, with 8 and 7 items, were examined to verify their invariance in groups defined by race/color, gender, and socioeconomic position, and among intersectional groups formed by the crossing of these three axes of marginalization. The tests were performed using Multigroup Confirmatory Factor Analysis (MCFA) and Alignment on a larger and more representative population sample of residents in the urban area of a southern Brazilian capital, Florianópolis. The analyses conducted with the samples of undergraduate students indicated a violation of invariance between race/color and gender groups. Discrimination estimates were, on the other hand, invariant in the groups based on socioeconomic markers. This scenario of invariance violation was not identified in the 8- and 7-item shortened versions in the analyses conducted in the EpiFloripa study sample. Both strategies (i.e., MCFA and Alignment) produced consistent results, suggesting that the two shortened versions of the scale generate comparable estimates of discrimination among groups defined by race/color, gender, and socioeconomic position. The analyses using the Alignment method pointed out, in the 7-item shortened version, only one parameter (item threshold i13) with a violation of invariance between the group of Black respondents with less than 12 years of schooling. Overall, the results support the idea that the EDE is capable of producing valid, reliable, and comparable estimates of discrimination among diverse population groups, particularly in samples of representative adults in a southern Brazilian capital. |
en |
dc.format.extent |
118 p.| il. |
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dc.language.iso |
por |
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dc.subject.classification |
Saúde pública |
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dc.subject.classification |
Discriminação |
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dc.subject.classification |
Interseccionalidade |
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dc.subject.classification |
Psicometria |
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dc.title |
Avaliação psicométrica da escala brasileira de discriminação explícita: análise de invariância entre múltiplos grupos sociais |
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dc.type |
Tese (Doutorado) |
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dc.contributor.advisor-co |
Reichenheim, Michael Eduardo |
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