Restauração ecológica e conservação da restinga: uma revisão sistemática e um estudo de caso na Ilha de Santa Catarina

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Restauração ecológica e conservação da restinga: uma revisão sistemática e um estudo de caso na Ilha de Santa Catarina

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dc.contributor Universidade Federal de Santa Catarina
dc.contributor.advisor Caddah, Mayara Krasinski
dc.contributor.author Pellis, Vivian Fragoso
dc.date.accessioned 2023-06-28T18:27:37Z
dc.date.available 2023-06-28T18:27:37Z
dc.date.issued 2023
dc.identifier.other 381823
dc.identifier.uri https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/247709
dc.description Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Biologia de Fungos, Algas e Plantas, Florianópolis, 2023.
dc.description.abstract A restauração ecológica é um processo intencional que tem como objetivo iniciar ou acelerar a recuperação de um ecossistema degradado, sendo capaz de gerar inúmeros benefícios: auxiliar na conservação da biodiversidade, provisão de serviços ecossistêmicos, geração de empregos, entre muitos outros. Um dos princípios da restauração ecológica é o engajamento de stakeholders. Pesquisas apontam a necessidade de estudos socioambientais e como estes podem influenciar positivamente a conservação de ecossistemas. A restinga é um ecossistema associado à Mata Atlântica, e ocorre nas planícies do litoral brasileiro, situando-se entre o mar e a Floresta Ombrófila Densa. Ao longo do tempo, sofreu uma considerável destruição, provocada principalmente pela expansão urbana. O aumento das pressões antrópicas sobre este ecossistema, unido à falta de conhecimentos acerca da dinâmica de regeneração destes ambientes, torna urgente a necessidade de traçar estratégias de conservação. A presente dissertação apresenta dois capítulos: 1) uma revisão sistemática sobre restinga, e 2) um estudo das percepções da população de Florianópolis em relação à restinga, com foco nas questões de conservação deste ecossistema. Para a revisão sistemática, foram realizadas buscas com palavras chaves selecionadas nas bases de dados Web of Science e Scielo. Após a primeira triagem, 294 estudos foram compilados e 21 abordaram restauração ecológica. Nossa revisão apresentou uma visão geral dos artigos científicos publicados sobre vegetação de restinga, com foco na restauração deste ecossistema. Foi possível notar um aumento no número de publicações ao longo das décadas, especialmente após o ano de 2010 (para os artigos publicados na língua inglesa). No que concerne aos estudos sobre restauração ecológica, foi possível identificar alguns padrões: a maioria dos artigos revisados ocorreu na região Sudeste, em locais com um alto índice de desenvolvimento humano (IDH) e envolveram experimentos de campo. Menos de 25% dos estudos realizaram o controle de espécies exóticas invasoras, apesar de diversos autores ressaltarem a importância desta prática para o sucesso da restauração. Os artigos sobre restauração ecológica compreendem apenas 6,8% do total de publicações incluídas na presente revisão. Assim, pode-se concluir que há uma grande carência de estudos sobre restauração ecológica em ambientes de restinga. Em relação ao segundo capítulo, realizamos uma pesquisa participativa através da aplicação online de um questionário semiestruturado para os moradores de Florianópolis. Obtivemos a participação de 370 pessoas, com idades entre 18 e 83 anos. Observamos que a maioria dos entrevistados frequentam áreas de restinga no mínimo uma vez ao mês. A maior parte das áreas frequentadas encontram-se na região Sul do município, e a quase totalidade dos participantes considera a restinga importante ou muito importante. Foram identificados quais serviços ecossistêmicos são reconhecidos pelos participantes da pesquisa, bem como as principais ameaças ao meio ambiente e quais espécies presentes na restinga foram mais avistadas. Os resultados encontrados sugerem que há uma importante correlação entre a realidade local e os desafios enfrentados pela comunidade com suas percepções sobre a restinga.
dc.description.abstract Abstract: Ecological restoration aims to start or accelerate the recovery of a degraded ecosystem, generating several benefits such as biodiversity conservation, ecosystem services supply, and job creation, among many others. One of the principles of ecological restoration is stakeholders engagement. Several studies show the need for more social ecological studies and how they can positively influence ecosystem conservation. The Brazilian coastal vegetation regionally known as restinga is an important ecosystem associated with the Atlantic Forest and occurs in the sandy Brazilian coastal plains, located between the sea and the Ombrophilous Dense Forest. Over time the restinga has been largely destroyed, mainly by urbanization. The increase of anthropogenic pressures combined with insufficient information on regeneration dynamics in such ecosystems underscores the need for more conservation initiatives. This study addresses this need by presenting a systematic review about restinga, and 2)a case study of perceptions of the Florianópolis population about the restinga ecosystem, both focusing on conservation. We performed a systematic review using specific keywords in the Web of Science and Scielo databases. After the first screening, 294 studies were compiled and 21 addressed ecological restoration. Our review presented an overview of scientific articles published about restinga. It was possible to observe an increase in the number of publications over the decades, especially after 2010 (for articles published in English). Concerning studies on ecological restoration, it was possible to identify some patterns, such as that most of the reviewed articles were carried out in the Southeast of Brazil, in places with a high human development index (HDI), and involved field experiments. Less than 25% of the reviewed studies controlled invasive alien species, even though several authors emphasize the importance of this intervention for restoration success. Articles on ecological restoration represented only 6.8% of the total number of publications included in this review. We concluded that there is a lack of studies on ecological restoration in restinga environments. Regarding the second chapter, we performed a semi-structured questionnaire through an online form, with 370 respondents with age between 18 and 83 years old. We observed that most respondents visit restinga areas at least once a month. The most frequented areas are in the southern region of the municipality, and almost all respondents considered restinga important or very important. We identify which ecosystem services and plant species are recognized by the respondents, as well as the main threats to the environment. Our results suggest that social aspects influence people?s perception that there is an important correlation between social aspects with people?s perceptions about the restinga. en
dc.format.extent 67 p.| il., gráfs.
dc.language.iso por
dc.subject.classification Biologia Mata Atlântica --Santa Catarina, Ilha de (SC)
dc.subject.classification Florestas - Santa Catarina, Ilha de (SC)
dc.subject.classification Recuperação e Remediação Ambiental
dc.subject.classification Restingas
dc.title Restauração ecológica e conservação da restinga: uma revisão sistemática e um estudo de caso na Ilha de Santa Catarina
dc.type Dissertação (Mestrado)
dc.contributor.advisor-co Weidlich, Emanuela Wehmuth Alves


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