Baque Mulher Floripa: maracatu e artivismo na cidade de Florianópolis

Abstract

Este Trabalho de Conclusão de Curso apresenta a pesquisa etnográfica realizada junto ao coletivo de maracatu Baque Mulher Floripa, na ilha de Santa Catarina. Em diálogo com a antropologia da arte e da performance, o trabalho apresenta uma descrição e análise da atuação desse coletivo no carnaval de 2020 em Florianópolis. Na introdução apresenta-se uma revisão bibliográfica da história do maracatu desde a ótica do conceito de diáspora, e descrevem-se os movimentos que fizeram possível a organização desse coletivo na capital catarinense. O primeiro capítulo traz a descrição da performance do Baque Mulher Floripa em 2020 e propõe uma análise das suas características estéticas e performáticas para aproximá-lo de outras formas de artivismo que ocupam o espaço público com pautas antirracista e feministas no mundo contemporâneo. Essa análise está baseada, em boa medida, na pesquisa audiovisual que fez parte da etnografia e, por tanto, se relaciona com o enquadramento realizado tanto na captura quanto na edição do material fotográfico e audiovisual. No segundo capítulo, apresentam-se apontamentos surgidos do diálogo com as organizadoras e outras protagonistas do coletivo, mostrando que as práticas artísticas por elas desenvolvidas são parte de um conjunto mais amplo de iniciativas promovidas pelo grupo em prol do empoderamento feminino e da luta antirracista.

Este Trabajo de Conclusión del Curso presenta la investigación etnográfica realizada con el colectivo maracatu Baque Mulher Floripa en la isla de Santa Catarina. En diálogo con la antropología del arte y la performance, la obra presenta una descripción y análisis de la actuación de este colectivo en el carnaval de 2020 en Florianópolis. La introducción presenta una revisión bibliográfica de la historia del maracatu en la perspectiva del concepto de diáspora y describe los movimientos que posibilitaron la organización de este colectivo en la capital de Santa Catarina. El primer capítulo describe la performance de Baque Mulher Floripa en 2020 y propone un análisis de sus características estéticas y performativas para acercarla a otras formas de artivismo que ocupan el espacio público con agendas antirracistas y feministas en el mundo contemporáneo. Este análisis se basa, en gran medida, en la investigación audiovisual que formó parte de la etnografía y, por tanto, está relacionado con el encuadre realizado tanto en la captura como en la edición del material fotográfico y audiovisual. En el segundo capítulo, se presentan apuntes que surgieron del diálogo con las organizadoras y otras protagonistas del colectivo, mostrando que las prácticas artísticas desarrolladas por ellas forman parte de un conjunto más amplio de iniciativas impulsadas por el grupo a favor del empoderamiento femenino y la lucha anti racista.