Flexibilidade de Ginastas de Categorias de Base: Um Estudo Longitudinal

Abstract

Introdução: A Ginástica Rítmica (GR) é um esporte que se destaca pela elegância e beleza dos movimentos, sendo exigido das ginastas a perfeição técnica na execução de movimentos complexos com o corpo associado aos seus aparelhos específicos. A força, o equilíbrio e a flexibilidade são apontadas como suas principais variáveis. A flexibilidade se altera conforme idade e frequência de alongamento, além de fazer parte da seleção das ginastas. Objetivo: Analisar o comportamento da flexibilidade das ginastas desde a categoria pré-infantil até a adulta e verificar se há a existência de assimetrias, ou seja, um membro da ginasta ser muito mais flexível que o outro. Método: Para esse estudo longitudinal serão avaliados os índices de flexibilidade globais de 12 atletas da equipe desportiva ADIEE/UDESC em que o local de treinamento da equipe é no Complexo Esportivo Rozendo Lima, pertencente ao Instituto Estadual de Educação, em Florianópolis/SC, através dos flexitestes executados em cada pré-temporada, desde a categoria pré-infantil até adulta. Para a coleta, foram verificadas no banco de dados da equipe, os índices gerais de flexibilidade de cada ginasta. Resultado e discussão: Os resultados do flexiteste indicaram que com base no primeiro flexíndice medido tanto no hemicorpo direito quanto esquerdo, no período de iniciação esportiva, a flexibilidade das ginastas rítmicas tiveram um aumento progressivo com o passar dos anos e das categorias avançadas, e, por apresentarem essa variável com valores acima dos considerados normais são classificadas como hipermóveis. E mesmo com elas apresentando hipermobilidade articular, não foi encontrado em nenhuma delas assimetria corporal. Conclusão: Por meio dos resultados adquiridos, pode-se concluir que analisando o comportamento da flexibilidade das ginastas desde a categoria pré-infantil até a adulta, houve um aumento progressivo tanto no hemicorpo direito quanto no hemicorpo esquerdo. Não houve assimetria corporal. Confirma-se que as ginastas são classificadas como hipermóveis. Por fim, fica evidente que o trabalho conjunto entre treinadores e fisioterapeutas proporciona uma melhora significativa na saúde corporal das ginastas e nos seus resultados enquanto atletas.