Novas Rotas Marítimas: Uma Análise da Política Sino-Russa para o Ártico entre os anos de 2007 e 2022

Abstract

Este estudo investiga as implicações da abertura das passagens árticas para as relações entre China e Rússia, visando compreender suas consequências geopolíticas. Através de um método hipotético-dedutivo, com consulta em notícias, relatórios e posicionamentos oficiais sobre as obras independentes russas e os projetos com parceria chinesa na região Ártica, buscam-se resultados indicando que, de 2007 a 2022, a abertura das passagens árticas teve um impacto limitado no comportamento dos atores na região, e as obras identificadas ainda não exploraram plenamente o potencial comercial e extrativo do Ártico. Este estudo contribui para a compreensão de como um fenômeno natural contemporâneo influencia a política entre países e como uma rota comercial inesperada traz mudanças significativas. Conclui-se que os investimentos em infraestrutura ártica ainda não alteraram significativamente a geopolítica da região, devido aos desafios presentes e às concessões geopolíticas necessárias para China e Rússia.

This study investigates the implications of the opening of Arctic passages for China-Russia relations, aiming to understand their geopolitical consequences. Using a hypothetical- deductive method, with reference to news, reports, and official positions on independent Russian endeavors and Chinese partnership projects in the Arctic region, the study seeks results indicating that from 2007 to 2022, the opening of Arctic passages had a limited impact on the behavior of actors in the region, and the identified projects have not fully tapped into the commercial and extractive potential of the Arctic. This study contributes to understanding how a contemporary natural phenomenon influences politics between countries and how an unexpected trade route brings significant changes. It is concluded that investments in Arctic infrastructure have not yet significantly altered the geopolitics of the region due to existing challenges and the geopolitical concessions required by China and Russia.