dc.contributor |
Universidade Federal de Santa Catarina. |
pt_BR |
dc.contributor.advisor |
Santos, Fábio Pádua dos |
|
dc.contributor.author |
Andrade, Artur |
|
dc.date.accessioned |
2023-07-05T18:55:22Z |
|
dc.date.available |
2023-07-05T18:55:22Z |
|
dc.date.issued |
2023-06-27 |
|
dc.identifier.uri |
https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/248140 |
|
dc.description |
TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Socioeconômico, Economia. |
pt_BR |
dc.description.abstract |
Atualmente, existem mais de 1,6 milhões de motoristas e entregadores(as) de aplicativos
atuando no Brasil. Como foi amplamente denunciado em 2020, a jornada de trabalho da
categoria de entregas é pouco regulamentada, insegura e de baixa remuneração, sintetizada
como um trabalho uberizado. No entanto, têm sido a escolha de ocupação por uma
considerável gama da classe trabalhadora, recentemente. Nesse contexto, as empresas de
aplicativo, denominadas economias de plataforma, propagandeiam amplamente a ideia de que
o trabalho das entregas é uma forma de empreendedorismo, e que é fornecido apenas o apoio
necessário para que esses “parceiros” alavanquem seu sucesso individual, regulando os
próprios horários e administrando seus próprios custos. Dentro deste contraditório debate, o
presente estudo objetivou investigar o perfil socioeconômico e analisar a percepção sobre a
relação de trabalho dos entregadores por aplicativo em Florianópolis. Para isso, foi necessário
também compreender a forma de operação das empresas responsáveis pelos aplicativos e sua
relação com o regime de acumulação flexível, que é a fundamentação para o processo de
uberização do trabalho. A pesquisa foi composta de uma etapa de revisão bibliográfica, com
análise de produções teóricas, notícias, entrevistas e dados sobre o tema, e uma segunda etapa
de campo, com a aplicação de um questionário às pessoas que trabalham com entrega
intermediada por aplicativos em Florianópolis. Nos resultados, observou-se que a população
que realiza entregas por aplicativo na cidade é composta, majoritariamente, de pessoas do
sexo masculino, de nível médio de escolaridade, de 26 a 35 anos, que possuem renda
equivalente a uma média de 1,9 salários mínimos no mês, em jornadas de 8 horas diárias ou
mais, de 6 a 7 dias por semana. Sobre a percepção da relação de trabalho, notou-se que os
entregadores de Florianópolis, em geral, conhecem e estão insatisfeitos com as condições de
suas jornadas de trabalho: não há segurança, proteção social e a remuneração é baixa. Ainda
sim, consideram-se empreendedores e mencionam apresentar, em geral, resultados melhores
do que em ocupações anteriores. Discute-se, portanto, sobre como a uberização do trabalho é
uma forma de aprofundamento da precarização do emprego de forma generalizada no
capitalismo - e como a percepção sobre essa relação de trabalho é uma frequente disputa
ideológica travada por aqueles que buscam criar uma união da categoria em prol de melhores
condições, evidenciando a contradição do trabalho uberizado entendido como
empreendedorismo pela ideologia dominante. |
pt_BR |
dc.description.abstract |
Today, there are more than 1,6 million active app drivers and app delivery workers in Brazil.
As it was widely pointed in 2020s protests, the workday for delivery workers is remarked for
low regulation, workplace unsafety and low wages, synthetized as uberized labor.
Nevertheless, this has been the choice of employment for a considerable amount of the
working class, recently. In this context, the app companies, also known as platform
economies, sell the idea that delivering by apps is a form of entrepreneurship, and that only
the necessary support is given for these ‘partners’ to leverage their individual success,
regulating their own work hours and managing their own expenses. In this contradictory
discussion, this study sought to investigate the socioeconomic profile and analyze the work
relationship perception of the app delivery workers in Florianópolis. For this to be achieved, it
was also necessary to comprehend the form of operation by the platform economies and their
connection to the flexible system of accumulation, which is the fundamental basis for the
uberization of work process. The research was composed by a first phase of literature review,
and a second phase of field work, consisting in a survey application with the delivery workers
in Florianópolis. The results have shown that the population of delivery workers in
Florianópolis are, in their majority, men, with high school degree, from 26 to 35 years old,
earning an average of 1,9 minimum wages, in workdays of 8 hours or more, working from 6
to 7 days per week. About the work relationship perception, it is observed that the delivery
workers in Florianópolis, in general, notice and are unsatisfied with their work conditions:
there is no work safety, social protection and the payment is below average. Nevertheless,
they consider themselves entrepreneurs and, in general, assure to have better wages than in
past jobs. The discussion approaches, therefore, about the uberization of work as a form of
further development of the deregulation of work in capitalism - and how the perception about
this form of work relationship is a frequent ideological dispute between those who seek to
create a union of the category in benefit of better work conditions, pointing the contradiction
of the idea that uberized work is a form of entrepreneurship by the dominant ideology |
pt_BR |
dc.format.extent |
79 páginas |
pt_BR |
dc.language.iso |
por |
pt_BR |
dc.publisher |
Florianópolis, SC. |
pt_BR |
dc.rights |
Open Access. |
en |
dc.subject |
Economia política |
pt_BR |
dc.subject |
Uberização do trabalho |
pt_BR |
dc.subject |
Entrega por aplicativos |
pt_BR |
dc.title |
Entregadores de aplicativo em Florianópolis: Uma análise do perfil socioeconômico e da percepção da relação de trabalho |
pt_BR |
dc.type |
TCCgrad |
pt_BR |