Práticas integrativas e complementares: utilização no cuidado à criança e ao adolescente com câncer.

Abstract

INTRODUÇÃO: trata-se de um Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina. As Práticas Integrativas e Complementares recursos terapêuticos, os quais apresentam resultados positivos quando associadas ao tratamento convencional de diversas doenças. Estas referem-se a algumas práticas que contribuem com a humanização e com o tratamento na área da oncologia pediátrica e mostra-se como uma nova perspectiva de cuidado para ser implementada, tendo em vista que podem beneficiar a criança e o adolescente no suporte complementar ao tratamento. OBJETIVO GERAL: identificar a utilização de práticas integrativas e complementares em saúde no cuidado da criança e do adolescente com câncer. MÉTODO: trata-se de um estudo descritivo e exploratório, com abordagem qualitativa. O estudo foi realizado entre os meses de janeiro a março de 2023, na unidade de internação e no ambulatório do Serviço de Onco-hematologia de um hospital infantil de referência no sul do país. Os participantes do estudo foram 20 profissionais de saúde, por meio de uma entrevista semiestruturada. A análise de dados foi baseada na temática de Minayo. CUIDADOS ÉTICOS: o estudo está embasado nos princípios éticos estabelecidos pela Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde, que aborda a pesquisa envolvendo Seres Humanos. Especificamente, o estudo se pauta nos princípios de autonomia, anonimato, sigilo, beneficência, não maleficência e justiça social, assegurando o respeito e a proteção dos participantes da pesquisa. RESULTADOS: surgiu uma categoria: “as PICs no cuidado da criança e do adolescendo com câncer: lacunas entre o saber e sua utilização na prática”. Os profissionais de saúde apresentam um conhecimento geral das PICs, a utilizam de forma incipiente no dia a dia da prática e a correlacionam com uma possibilidade de cuidado humanizado. Observam a eficiência destas práticas para amenizar os efeitos provenientes do tratamento oncológico pediátrico, e consequentemente, amenizando os efeitos físicos e emocionais gerados após o diagnóstico de câncer. Evidencia-se a importância do ensino das PICs na formação e capacitação dos profissionais de saúde que atuam na área de oncologia infanto-juvenil, para contribuir com a sua utilização na prática profissional e evidenciar os seus benefícios no cuidado à criança, o adolescente com câncer e sua família. CONCLUSÃO: as práticas integrativas e complementares são positivas e inovadoras no cuidado da criança, do adolescente com câncer, sendo cada vez mais conhecidas, porém ainda são pouco utilizadas e exploradas por profissionais de saúde.