Práticas Integrativas e Complementares como estratégia de cuidados em saúde mental na atenção primária: revisão de escopo

Abstract

Objetivo: Mapear na literatura cientifica nacional e internacional a produção de conhecimentos acerca das Práticas Integrativas e Complementares (PICS) como estratégias de cuidados em saúde mental na Atenção Primária à Saúde (APS). Método: Revisão de Escopo onde buscou se nas bases estudos norteadores no campo da pesquisa em questão para que estes auxiliem na compreensão dos objetivos, além de entender os limites do tema. O processo metodológico foi realizado em seis etapas: identificação da questão norteadora, busca e seleção dos estudos, categorização dos dados, extração das informações relevantes ao estudo e apresentação dos resultados. Para construção da questão norteadora foi utilizada a estratégia PICO, que, nesta pesquisa, relacionou-se a P: Pacientes/usuários (serviços de saúde de Atenção Primária à Saúde); I: Práticas integrativas e complementares/Saúde Mental; Co: Atenção Primária à Saúde. Com auxílio de profissional bibliotecário, foram realizadas a busca e seleção dos estudos em bases de dados. Os critérios de elegibilidade e refinamento inicial utilizados foram: estudos indexados das bases de dados, disponível na íntegra, área geográfica mundial, ter sido publicado entre os anos de 2012 a 2022, serem na língua portuguesa, inglesa ou espanhola e as informações serem relevantes para este estudo. Resultados: A distribuição das publicações não evidenciou tendências temporais. Os Estados Unidos foi o pais com maior número de publicações. A maior parte dos estudos foram trabalhos de conclusão de cursos de pós graduação, majoritariamente stricto senso. Dentre as áreas de conhecimento dos autores dos estudos destacaram-se a Psicologia. Da análise dos estudos parte das produções buscou avaliar quais as PICS aplicadas na área da saúde mental e seus efeitos terapêuticos nos tratamentos. Os estudos teceram considerações acerca da oferta de PICS no âmbito da saúde mental na APS, eles transitam entre conclusões, sobretudo relacionadas à clínica e outros apontam para perspectivas sem pretensão de concluir, mas de refletir, superar limites e consolidar avanços. Conclusão: É perceptível que as PICS são ferramentas de cuidado à saúde há milhares de anos dentro das culturas de diversos países, não se pode negar a importância dessas práticas para a evolução e cuidado do ser humano no decorrer da história das civilizações. Por esse motivo percebe-se a necessidade de maiores incentivos financeiro e apoio no âmbito da pesquisa científica que contribuam para o uso seguro e eficaz das PICS, assim como promover diálogo interdisciplinar profissionais de saúde e pacientes.