Abstract:
|
A potência muscular é de grande importância nas atividades diárias de todos os indivíduos
independente da faixa etária. No decorrer da vida, devido ao processo do envelhecimento, o
ritmo em que diminui a potência muscular é maior do que o ritmo de diminuição de massa e
força muscular. A falta de potência muscular está associada à mortalidade e o risco
aumentado de quedas. As atividades aquáticas em posição vertical apresentam resultados
expressivos na melhora de capacidades funcionais que atingem diretamente as atividades
físicas diárias, se mostrando uma excelente ferramenta na manutenção e aumento de valências
físicas. Ainda não se tem uma dosagem segura de treinamento que vai auxiliar nos objetivos e
minimizar os riscos da prática em alta intensidade. Não foram encontradas pesquisas que
tenham comparado o treinamento aeróbico aquático com e sem progressão de intensidade
com desfecho principal em potência muscular. O objetivo da pesquisa é comparar os efeitos
do treinamento aquático na posição vertical com e sem progressão na potência de adultos e
idosos. Caracterizado como um ensaio clínico, com dois grupos realizando intervenções em
paralelo, sendo ambos os grupos de treinamento de hidroginástica e Jogging aquático
. Ambos os grupos realizaram treinamento aeróbio intervalado durante 12 semanas, com três
sessões semanais, com duração de 50 minutos. Um grupo realizou treinamento com
progressão na intensidade (TCP), enquanto o outro grupo não teve progressão de intensidade
(TSP) ao decorrer da intervenção. O desfecho primário foi a potência muscular, obtida através
do cálculo utilizando o teste de sentar e levantar de 30 segundos, a estatura e a massa corporal
e a altura da cadeira. Vinte participantes de ambos os sexos, com média de idade 55,33±8,66
anos (TSP) e 55,82±11,91 anos (TCP) completaram o período de intervenção, onze do grupo
TSP e nove do grupo TCP. O nível de significância adotado foi de 0,05. O grupo TSP obteve
melhora significativa em potência muscular W/kg (pré=3,89±0,26; pós= 4,61±0,31; p=0,001),
enquanto o grupo TCP não apresentou melhoras significativas (pré=3,46±0,21; pós=
3,41±0,27; p=0,846). |