Variações relacionadas à idade sobre a velocidade de sprint e a capacidade de mudança de direção em jovens jogadores de futebol

Abstract

O objetivo do presente estudo foi comparar o desempenho da capacidade de mudança de direção (COD) e velocidade máxima de sprint em jovens atletas de futebol de diferentes categorias. Investigou-se a capacidade de COD, desempenho de velocidade em diferentes distâncias e o COD Déficit (CODD). Portanto, participaram desse estudo 95 atletas de futebol masculino, pertencentes às categorias de base de uma equipe de nível nacional. Ao todo, cinco categorias fizeram parte da pesquisa: sub-12 (n = 21; idade = 11,7 ± 0,6); sub-13 (n = 17; idade = 12,9 ± 0,3); sub-14 (n = 19; idade = 13,9 ± 0,2); sub-15 (n = 18; idade = 14,8 ± 0,4); e sub-17 (n = 20; idade = 16,5 ± 0,5). Para verificar a COD utilizou-se o Agility test 5-0-5 e para avaliar a velocidade em diferentes distancias foi utilizado o teste de velocidade de 30-m. O CODD expresso em % foi calculado da seguinte forma: ([5-0-5 time – 10-m sprint time] ÷ 10-m sprint time) × 100. A normalidade da distribuição dos dados foi checada pelo teste Shapiro-Wilk, tendo as médias dos atletas comparadas através do teste ANOVA one-way. Como resultados, verificou-se que quanto maior a idade cronológica melhor o desempenho na capacidade de COD; quanto maior a idade cronológica melhor o desempenho de velocidade de aceleração e velocidade máxima. Também, considerando que quanto menor a porcentagem, melhor o desempenho na %CODD, os atletas das categorias sub-15 (29,05 ± 5,89) e sub-12 (31,32 ± 5,30), respectivamente, apresentaram os melhores resultados, enquanto as categorias sub-17 (42,58 ± 4,18), sub-14 (39,68 ± 5,88) e sub-13 (37,83 ± 3,97) apresentaram resultados inferiores para esta variável. Os resultados da presente pesquisa mostram que há diferenças entre os testes de COD, velocidade e CODD entre atletas de diferentes categorias de futebol, com aumento gradual no desempenho relacionado a troca de direção e velocidade linear, porém na %CODD a categoria mais velha apresentou dificuldades em transferir a força de uma ação em velocidade seguida de desaceleração e reaceleração, respectivamente. Portanto, destaca-se o potencial dos resultados e a importância de separar as categorias por faixas etárias, minimizando ao longo do processo de formação variações no desempenho de jovens atletas, enfatizando a importância do monitoramento e desenvolvimento de atletas de futebol durante os anos.