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O uso de fontes lipídicas oxidadas pode causar danos à saúde das aves e gerar prejuízos na cadeia produtiva. Este estudo avaliou os efeitos do óleo de soja oxidado e da alta dosagem de vitamina E na ração sobre a morfometria do trato gastrointestinal, o desempenho zootécnico de frangos e qualidade e estabilidade oxidativa da carne. Foram utilizados 864 frangos de corte, machos, criados até 42 dias de idade. As aves foram alimentadas com rações contendo óleo de soja de baixa oxidação (2,7 m Eq de 02/kg) ou alta oxidado (205 mEq de 02/kg), níveis crescentes de vitamina E (75, 150 e 300 mg/kg de ração), com ou sem adição de antioxidante comercial. Foram avaliados, no 21º dia de criação, peso de proventrículo, moela, intestino delgado, intestino grosso, fígado, pâncreas, altura dos vilos, profundidade de cripta e número de células caliciformes no íleo. As variáveis zootécnicas (consumo de ração, ganho de peso e conversão alimentar) também foram avaliadas nas fases pré-inicial e inicial. Aos 42 dias foram avaliadas qualidade e estabilidade oxidativa da carne. Para avaliar a qualidade da carne foram utilizados, pH, capacidade de retenção de água, perda por cocção, maciez e cor objetiva. Para a análise de oxidação lipídica da carne foi utilizado o teste TBARS. Houve redução do consumo de ração e do ganho de peso dos frangos na primeira semana de idade quando alimentados com dietas contendo óleo com alto grau de peroxidação. O uso de altas doses de Vitamina E melhorou o consumo de ração e o ganho de peso dos frangos na fase Pré-inicial. A qualidade do óleo de soja e o nível de Vitamina E promoveram profundas alterações na morfometria do TGI. Quando usado óleo contendo 205 mEq/kg de peróxido, associado a baixo nível de vitamina E, houve aumento do peso de fígado e do pâncreas dos frangos, redução na altura das vilosidades, aumento na profundidade de cripta e número de células caliciformes. Porém, as altas doses de Vitamina E atenuaram os efeitos deletérios provocados pelos radicais livres e produtos primários da peroxidação na mucosa intestinal. Quando analisado a carne de peito de frangos alimentados com ração oxidada tiveram menor redução de pH e menor capacidade de retenção de água. Houve alteração na Luminância (L*) da carne de frangos alimentados com óleo de soja oxidado associado às menores concentrações de Vitamina E, 48h e sete dias post-mortem. Foi constatada uma maior concentração de aldeído malônico em carnes refrigeradas e congeladas de frangos alimentados com ração contando alta peroxidação. O uso de altas doses de Vitamina E, foi suficiente para combater os efeitos deletérios provenientes da peroxidação. Conclui-se que o uso na ração de óleo oxidado compromete o desempenho do frango na fase pré-inicial. No entanto, a adição de vitamina E em níveis acima do praticado pela indústria avícola atenua os efeitos deletérios da peroxidação na taxa de crescimento. A peroxidação lipídica é capaz de promover alterações morfológicas, no fígado, pâncreas e nas vilosidades intestinais. Estes efeitos podem ser atenuados com a inclusão de altos níveis de vitamina E. A peroxidação lipídica da ração é capaz de alterar as características da carne, porém seus efeitos podem ser atenuados com a inclusão de altas doses de vitamina E. |
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