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A utilização de dispositivos tecnológicos, incluídos na área da saúde móvel (mobile health ? mHealth), para fornecer informações e serviços de saúde via smartphones, tem emergido como uma ferramenta promissora no monitoramento e controle de doenças crônicas, incluindo a Hipertensão Arterial. No entanto, ainda não está bem esclarecido na literatura se intervenções baseadas em m-Health são, de fato, eficazes no controle da pressão arterial e, em caso positivo, quais as características das intervenções envolvendo tais dispositivos. Assim, o presente estudo buscou identificar, por meio de uma atualização de uma revisão sistemática com metanálise, o efeito de intervenções baseadas em m-Health na pressão arterial de adultos. Ademais, buscou-se verificar o efeito dos diferentes tipos de m-Health na pressão arterial de acordo com as características dos sujeitos e das intervenções. A busca de artigos foi realizada nas bases de dados PubMed, Embase, ResearchGate e Cochrane no mês de janeiro de 2022. Foram incluídos estudos com adultos (=18 anos) hipertensos e/ou diabéticos de ambos os sexos, envolvidos com diferentes tipos de intervenções utilizando m-Health, que relatassem os valores de pressão arterial sistólica (PAS) e/ou diastólica (PAD) pré e pós-intervenção. A seleção dos estudos e a extração dos dados foram realizadas por dois revisores de maneira independente. As análises foram feitas a partir do modelo de efeitos aleatórios, com representação do efeito combinado e as diferenças médias padronizadas com intervalo de confiança de 95% (IC 95%), adotando-se p<0,05 para significância estatística, por meio do software Comprehensive Meta Analysis, versão 3.0. Inicialmente, foram encontrados 891 artigos nas quatro bases de dados e, ao final, 45 estudos foram incluídos nesta revisão e na metanálise de comparação de modelos m-Health e cuidados usuais. Intervenções baseadas em m-Health promoveram diminuição na PAS (diferença média: -3,241 mmHg; IC 95% -3,996, -2,486; p-valor =<0,000; I²= 82,119%) e na PAD (diferença média: -1,924 mmHg; IC 95% -2,461, -1,386; p-valor =<0,000; I²= 81,175%) se comparadas aos cuidados usuais. Foi observado redução de maior magnitude na PAS em homens (diferença média: -2,780mmHg; IC 95% -3,239; -2,322; p-valor =<0,001). Para a PAD, essa diminuição de maior magnitude foi observada para os homens (diferença média: -1,553 mmHg; IC 95% -1,881; -1,226; p-valor = <0,001) e idosos (diferença média: -1,573 mmHg; IC 95% -1,737; -1,410; p-valor = <0,001). Quanto às características dos países onde foram conduzidas as intervenções, maiores magnitudes de redução da PAS, em termos absolutos, foram identificadas nos estudos conduzidos em países com renda média (diferença média: -2,718 mmHg; IC 95% -3,141; -2,295; p-valor = <0,001). Sobre as características da intervenção, maiores magnitudes de redução da PAS foram identificadas nos estudos envolvendo intervenções com duração entre seis e oito semanas (diferença média: -4,318 mmHg; IC 95% -4,966; -3,669; p-valor = <0,001), que tinham a ferramenta de monitoramento e inserção da medida de pressão arterial (diferença média: -2,840 mmHg; IC 95% -3,209; -2,471; p-valor = <0,001) e baseadas em outros modelos m-Health sem aplicativos para smartphones (diferença média: -2,569; IC 95% -2,783; -2,355; p-valor = < 0,001). Em conclusão, nossos achados sugerem que intervenções utilizando m-Health provocam reduções significativas na pressão arterial, especialmente em homens e idosos, quando submetidos a intervenções com duração entre seis a oito semanas, contendo entre quatro a seis funções nos respectivos modelos de m-Health. Tais achados corroboram com a literatura no que diz respeito ao potencial do uso de dispositivos móveis e tecnológicos no controle da pressão arterial. |
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Abstract: The use of technological devices, included in the area of mobile health (mHealth), to provide health information and services via smartphones, has emerged as a promising tool in the monitoring and control of chronic diseases, including hypertension. However, it is still unclear in the literature whether m-Health-based interventions are, in fact, effective in controlling blood pressure and, if so, what are the characteristics of interventions involving such devices. Thus, the present study sought to identify, through an update of a systematic review with meta-analysis, the effect of m-Health-based interventions on blood pressure in adults. Furthermore, it sought to verify the effect of different types of m-Health on blood pressure according to the characteristics of the subjects and the interventions. The search for articles was conducted in PubMed, Embase, ResearchGate, and Cochrane databases in the month of January 2022. Studies with hypertensive and/or diabetic adults (=18 years) of both sexes, involved with different types of interventions using m-Health, that reported pre- and post-intervention systolic (SBP) and/or diastolic (DBP) blood pressure values were included. Study selection and data extraction were performed by two reviewers independently. The analyses were performed from the random effects model, with representation of the combined effect and standardized mean differences with 95% confidence interval (95% CI), adopting p<0.05 for statistical significance, using the Comprehensive Meta Analysis software, version 3.0. Initially, 891 articles were found in the four databases, and in the end, 45 studies were included in this review and meta-analysis comparing m-Health models and usual care. Interventions based on m-Health promoted a decrease in SBP (mean difference: -3.241 mmHg; 95% CI -3.996, -2.486; p-value =<0.000; I²= 82.119%) and DBP (mean difference: -1.924 mmHg; 95% CI -2.461, -1.386; p-value =<0.000; I²= 81.175%) compared to usual care. A reduction of greater magnitude was observed in SBP in men (mean difference: -2.780 mmHg; 95% CI -3.239, -2.322; p-value =<0.001). For DBP, this decrease of greater magnitude was observed for men (mean difference: -1.553 mmHg; 95% CI -1.881; -1.226; p-value = <0.001) and the elderly (mean difference: -1.573 mmHg; 95% CI -1.737; -1.410; p-value = <0.001). Regarding the characteristics of the countries where the interventions were conducted, greater magnitudes of SBP reduction, in absolute terms, were identified in studies conducted in middle-income countries (mean difference: -2.718 mmHg; 95% CI -3.141; -2.295; p-value = <0.001). On intervention characteristics, greater magnitudes of SBP reduction were identified in studies involving interventions lasting between six and eight weeks (mean difference: -4.318 mmHg; 95% CI -4.966; -3.669; p-value = <0.001), that had the blood pressure measurement monitoring and insertion tool (mean difference: -2.840 mmHg; 95% CI -3.209; -2.471; p-value = <0.001) and based on other m-Health models without smartphone apps (mean difference: -2.569; 95% CI -2.783; -2.355; p-value = < 0.001). In conclusion, our findings suggest that interventions using m-Health cause significant reductions in blood pressure, especially in men and the elderly, when undergoing interventions lasting between six and eight weeks, containing between four and six functions in the respective m-Health models. Such findings corroborate the literature regarding the potential of the use of mobile and technological devices in blood pressure control. |
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