Os choques idiossincráticos via matriz insumo-produto: a participação das variações microeconômicas nas flutuações agregadas do Brasil

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Os choques idiossincráticos via matriz insumo-produto: a participação das variações microeconômicas nas flutuações agregadas do Brasil

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dc.contributor Universidade Federal de Santa Catarina
dc.contributor.advisor Oliveira, Guilherme de
dc.contributor.author Lima, Evandro Figueiredo
dc.date.accessioned 2023-09-01T13:05:20Z
dc.date.available 2023-09-01T13:05:20Z
dc.date.issued 2023
dc.identifier.other 382847
dc.identifier.uri https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/249903
dc.description Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Sócio-Econômico, Programa de Pós-Graduação em Economia, Florianópolis, 2023.
dc.description.abstract O estudo das flutuações agregadas faz parte de diferentes áreas da economia. A parte mais tradicional e estabelecida da teoria econômica define que variações em nível microeconômico sejam em nível setorial ou em nível da firma, ao observar a origem desses efeitos de forma desagregada e diversificada, os choques tendem à média no agregado. As abordagens distintas vão desde a macroeconomia clássica à teoria do equilíbrio geral. Porém, em outro campo da economia, há uma abordagem sobre as flutuações agregadas com origem em choques microeconômicos idiossincráticos. Nesta linha de pesquisa, construíram-se modelos matemáticos para análise de choques econômicos que atingem firmas, ou setores, que estão inter-relacionadas em uma estrutura de redes de produção. Essa análise pelas ligações em redes de produção teoriza que os choques microeconômicos seriam absorvidos pela economia como um todo se as ligações entre os setores na cadeia produtiva seguirem uma distribuição normal. Porém, estudos evidenciam que, em geral, essas conexões apresentam uma distribuição assintótica e, com efeito, há setores (firmas) que se posicionam na cadeia produtiva com maior peso econômico. Tanto pelo lado da demanda quanto pelo lado da oferta, se poucos setores apresentam grande quantidade de ligações e, por outro lado, se muitas indústrias contêm poucas conexões na rede produtiva, então, um efeito adverso na economia recairia sobre os setores de maior peso econômico nas relações em rede e, consequentemente, isso refletiria negativamente sobre todas as outras indústrias de menor peso, potencializando as flutuações macroeconômicas por meio do efeito cascata na cadeia produtiva de um país. Neste contexto, essas variações idiossincráticas não seriam anuladas na média ao longo do tempo. A partir disso, Acemoglu, Akcigit e Kerr (2016) introduziram teorias microfundamentadas para o desenvolvimento de um modelo teórico basilar e aplicável empiricamente. Em tese, conforme as características de cada rede de produção, os possíveis efeitos de choques idiossincráticos que atingem as firmas ou setores podem ser observados pelas ligações insumos-produto. Ademais, esses choques não só tem potencial de afetar toda a economia, como também apresentam um sentido de propagação dos efeitos pelas relações de oferta e de demanda entre os setores ou firmas. Cada estrutura produtiva de um país tem características próprias, mas também contém diferentes níveis de eficiência alocativa dos fatores de produção, que podem ou não afetar toda a rede de produção como um efeito em cascata. A partir de um choque de demanda, por exemplo, gastos do governo, ou de um choque de produtividade, por exemplo, variações na produtividade do trabalho; que afete a capacidade de compra ou de venda de produtos de um setor, consequentemente, os efeitosgerados influenciam as escolhas ótimas de produção de cada setor. Propõe-se, então, analisar como pequenos choques idiossincráticos se propagam e se amplificam pelas ligações insumo-produto da economia brasileira, bem como sua eficiência alocativa de mão de obra na rede de produção. Portanto, pretende-se construir seis tipos de choques para o estudo de seus possíveis efeitos idiossincráticos no país. A partir de dados nacionais da matriz insumo-produto, do valor adicionado, do nível de emprego e da produtividade do trabalho, ambos em relação a cada setor que integra a estrutura produtiva do país, definiram-se quatro tipos de choques do lado da demanda como: gastos do governo, consumo das famílias, formação bruta de capital fixo e exportações; e do lado da oferta, desenvolveram-se dois tipos de choques a partir da decomposição da produtividade total do trabalho tais como os efeitos de deslocamento do fator trabalho entre setores e os deste fator no próprio setor. Também se compararam os resultados empíricos de Acemoglu, Akcigit e Kerr (2016), para os Estados Unidos, com os resultados do Brasil. Em geral, os choques apresentaram os mesmos sentidos de propagação nestes dois países, porém os dados brasileiros denotaram maior peso econômico nos coeficientes de efeito próprio do que os de rede, ao contrário dos resultados norte-americanos destes autores acima. Uma possibilidade para esta diferença pode residir no fato de que as indústrias dos Estados Unidos têm níveis de produtividade mais homogêneos que, relativamente, retratam maiores efeitos de rede, em contraste com os do Brasil que indicam maior heterogeneidade produtiva setorial e, consequentemente, maior efeito no próprio setor.
dc.description.abstract Abstract: Diverse aspects of the economy include the study of aggregate volatility. When observing the origin of these impacts in a disaggregated and diverse form, the shocks tend to average in the aggregate, according to the most classic and well-established component of economic theory, which states that variations at the microeconomic level are at the sectoral level or at the business level. Different techniques include general equilibrium theory and traditional macroeconomics. However, there is a method for handling aggregate variations brought on by unique microeconomic shocks in another area of economics. Mathematical models were created in this area of study for the understanding of economic shocks that affect industries or enterprises that are connected through a production network structure. Theoretically, if the connections between the sectors in the production chain have a normal distribution, then the economy as a whole would be able to absorb microeconomic shocks. Studies reveal that, in reality, there are sectors (firms) that place themselves in the production chain with larger economic weight and that, generally, these links have an asymptotic distribution. A negative impact on the economy would be seen by the sectors with more economic weight if there are few sectors with many links on the supply side and few industries with many connections on the demand side, respectively. Consequently, this would have a detrimental impact on all other industries with less importance, causing macroeconomic fluctuations through the cascade effect in a nation's productive chain. These idiosyncratic variances in this situation would not be cancelled out by the mean over time. From there, Acemoglu, Akcigit, and Kerr (2016) developed microfounded theories for the creation of a fundamental, empirically applicable theoretical model. Theoretically, input-output links can be used to observe the potential consequences of idiosyncratic shocks that affect businesses or industries, depending on the properties of each production network. Furthermore, these shocks exhibit a feeling of effect propagation through supply and demand relationships between sectors or businesses, in addition to having the ability to disrupt the entire economy. Each country's productive structure is unique and comprises varying degrees of allocative efficiency of the production elements, which may or may not have a cascading influence on the entire production network. The ability to acquire or sell items in a sector is affected by a demand shock, like government expenditure, or a productivity shock, like changes in labor productivity; as a result, the impacts generated have an impact on the best production options for each sector. Therefore, it is suggested to examine how minor idiosyncratic shocks spread and intensify through the Brazilian economy's input-output links as well as the labor market's allocative efficiency. As aresult, we plan to construct six different types of shocks so that we can research any potential localized consequences they may have. Four types of demand-side shocks, such as government spending, household consumption, gross fixed capital formation, and exports, were defined based on national data on the input-output matrix, added value, employment level, and labor productivity, both in relation to each sector that comprises the country's productive structure. On the supply side, two types of shocks emerged from the decomposition of total labor productivity, such as the effects of displacement of workers. Additionally, the empirical findings from Acemoglu, Akcigit, and Kerr (2016) for the United States and Brazil were contrasted. In both of these nations, shocks tended to spread in the same general directions, but Brazilian data indicated, in contrast to the authors' earlier findings for North America, that the own effect coefficients carried a bigger economic weight than the network effect. One explanation for this difference could be the more uniform productivity levels in American industries, which, in comparison, show stronger network effects, as opposed to those in Brazil, which show greater sectoral productive heterogeneity and, as a result, stronger effects within the sector itself. en
dc.format.extent 83 p.
dc.language.iso por
dc.subject.classification Economia
dc.subject.classification Cadeia produtiva
dc.subject.classification Macroeconomia
dc.title Os choques idiossincráticos via matriz insumo-produto: a participação das variações microeconômicas nas flutuações agregadas do Brasil
dc.type Dissertação (Mestrado)


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