Proposta de checklist para avaliação ergonômica de posto de teletrabalho em ambiente universitário

Abstract

O trabalho remoto ou teletrabalho já era realidade no setor público federal, como no Tribunal de Contas da União e no Tribunal Superior do Trabalho, efetivando-se em alguns órgãos federais, como as universidades federais, após a pandemia de COVID-19. Considerando que as ações para implantar e acompanhar o teletrabalho nas universidades federais ainda são incipientes, e que a análise de tais postos deve abarcar recomendações ergonômicas para tal modalidade, a presente pesquisa tem por objetivo desenvolver um checklist para avaliação ergonômica de postos em teletrabalho em ambiente universitário. Valendo-se de uma metodologia caracterizada como de abordagem qualitativa, de natureza aplicada, exploratória e descritiva, utilizou-se de pesquisa documental e bibliográfica, quanto aos objetivos classifica-se como estudo de caso. A proposta deste checklist se fundamenta em dois checklists (COUTO, 2014; SALES, 2002; SALES E CYBIS 2003), numa lista de verificação (LIMA, 2013) e numa revisão (NEVES, 2022), ferramentas essas focadas na verificação ergonômica e na acessibilidade de postos de trabalho informatizados. Entre os resultados obtidos, destaca-se a versão final do checklist desenvolvido, que consta de 70 questões distribuídas em 13 itens de avaliação (Cadeira, Mesa, Apoio para pés; Espaço físico e condições tecnológicas, Iluminação, Ruídos (externos e internos); Temperatura; Monitor de vídeo; Teclado; Mouse; Fone de ouvido ou Headset (Fone de ouvido + microfone); Computador de mesa (Desktop); e Notebook / Computador portátil). Convém salientar ainda que todas as questões que integram a ferramenta possuem embasamento legal ou teórico; relevância e as doenças ocupacionais que podem ser causadas por desrespeito às normas de uso ideal do equipamento. Espera-se que o checklist aqui proposto possa ser utilizado como ferramenta de apoio aos gestores universitários para auxiliá-los no momento de decidir pela adesão ou não ao teletrabalho. A NR-17 (2022) recomenda que as organizações realizem avaliações ergonômicas preliminares das situações de trabalho que demandem adaptação às características psicofisiológicas dos trabalhadores, para subsidiar a implantação das medidas de prevenção e providenciar as adequações necessárias previstas nesta normativa.

Abstract: The remote work or telecommuting was already a reality in the federal public sector, as in the Federal Audit Court and the Superior Labor Court, becoming effective in some federal agencies, such as federal universities, after the COVID-19 pandemic. Considering that the actions to implement and monitor teleworking in federal universities are still incipient, and that the analysis of such jobs should include ergonomic recommendations for such modality, this research aims to develop a checklist for ergonomic assessment of teleworking jobs in university environment. Using a methodology characterized as qualitative approach, of applied, exploratory and descriptive nature, it was used documentary and bibliographic research. The proposal of this checklist is based on two checklists (COUTO, 2014; SALES, 2002; SALES AND CYBIS 2003), a checklist (LIMA, 2013) and a review (NEVES, 2022), tools focused on ergonomic verification and accessibility of computerized workstations. Among the results obtained, we highlight the final version of the developed checklist, which consists of 70 questions distributed in 13 evaluation items (Chair, Desk, Footrest; Physical space and technological conditions, Lighting, Noise (external and internal); Temperature; Video monitor; Keyboard; Mouse; Earphone or Headset (Earphone + microphone); Desktop computer; and Notebook / Laptop). It is also worth pointing out that all the questions that make up the tool have legal or theoretical basis; relevance and the occupational diseases that can be caused by not respecting the norms for the ideal use of the equipment. It is hoped that the checklist proposed here can be used as a support tool for university managers to help them when deciding whether or not to adhere to telecommuting. The NR-17 (2022) recommends that organizations conduct preliminary ergonomic evaluations of work situations that require adaptation to the psycho-physiological characteristics of workers, to support the implementation of preventive measures and provide the necessary adjustments provided in this regulation.