O feminino em Frankenstein ou o prometeu acorrentado: uma comparação da tradução de Márcia Xavier de Brito e Christian Schwartz

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O feminino em Frankenstein ou o prometeu acorrentado: uma comparação da tradução de Márcia Xavier de Brito e Christian Schwartz

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Title: O feminino em Frankenstein ou o prometeu acorrentado: uma comparação da tradução de Márcia Xavier de Brito e Christian Schwartz
Author: Zanetti, Laura Cristina de Souza
Abstract: Os aspectos estéticos de Frankenstein ou o Prometeu Acorrentado (1818), escrito por Mary Shelley, contribuíram para o gênero literário gótico e culminaram no seu reconhecimento como um dos clássicos da literatura de horror. A obra foi escrita no século XIX, por uma mulher, a qual passou por situações como a desconfiança de sua autoria devido ao casamento com Percy Shelley, escritor, homem, já reconhecido no mundo literário (VÍVOLO; LONGHI, 2014, p. 9-10), mesmo em um século em que as escritoras femininas já tinham lugar de fala (GROSSEL, 2020, p. 13-14). Essas particularidades foram determinantes na escolha da obra como objeto de estudo dessa dissertação, visto que se pretende responder às seguintes perguntas: Quais as estratégias utilizadas pela tradutora e pelo tradutor para chegarem à versão final do texto-alvo e marcarem o feminino em determinadas passagens? Como essas estratégias influenciam na construção de sentido de seus respectivos textos? O uso, ou não, de paratextos, influencia na construção de sentido do texto-alvo? É possível identificar nesse cotejo diferença entre o traduzir de uma mulher e de um homem? Para tal, três etapas se fizeram necessárias: 1) divisão do objeto entre os paratextos e a narrativa; 2) levantamento das categorias de análise e 3) Análise dos diferentes efeitos de sentido no texto de chegada a partir das escolhas das tradutoras e com base no referencial teórico escolhido, o qual se apoiou em Simon (1996), Von Flotow (1997; 2020) e Meng (2019), assim como em Coracini (2005) e Silva (2000), além de Genette (2009), Carneiro (2015) e Rodrigues (2010). Os resultados apontam para os paratextos agindo como reforço na visibilidade da tradutora e do tradutor, uma vez que conscientiza o leitor da presença de uma segunda voz no texto de chegada. Observou-se, ainda, que a tradutora e o tradutor se apropriaram de estratégias de tradução para enfatizar a presença nos respectivos textos-alvo, corroborando com o exposto pelas teorias da tradução feminista da não-neutralidade nos atos de tradução. A partir disso, nota-se a importância de haver mais tradutoras cocriando em textos de autoria feminina, para que algumas estratégias e usos da linguagem sejam evitados e mais haja mais visibilidade à mulher em uma sociedade patriarcal.Abstract: Frankenstein or the Modern Prometheus (1818), written by Mary Shelley, has characteristics that contributed to its recognition as a classic of horror literature and aspects of the Gothic as a literary genre. The novel was written in a century which women were starting to become appraised (GROSSEL, 2020, p. 13-14). Still, Shelley was questioned by publishers about the authorship of her story, since she was married to a man who was a renowned author (VÍVOLO; LONGHI, 2014, p. 9-10). These facts were crucial to choose this novel as this thesis? study object, since the aim is to answer the questions: What strategies did the translators? use to get to the final version of the target text? How do the strategies influence in the meaning of the respective texts? Does the use, or not, of paratexts influence in the meaning of the target texts? Is it possible to identify differences into the woman and man?s translation? The methodology consisted of 1) a division of the objects between its paratexts and its narrative; 2) separation of the analysis group and 3) analysis of the different effects created by the choices made by the translators and the theoretical framework used, which was based on Simon (1996), Von Flotow (1997; 2020) and Meng (2019), as well as on Coracini (2005) and Silva (2000), also on Genette (2009), Carneiro (2015) and Rodrigues (2010). The results pointed to the emphasis in translators? identity with the use of paratexts, given that readers become aware of a second voice present in the text. Despite of it, both translators reclaimed some translation strategies to make their voices heard in the text, confirming the expounded by the Feminist Translation Studies. Therefore, this thesis points up the importance of having more woman translators translating woman writers, in order to avoid some strategies and uses of languages as well as to increase woman?s voice in a patriarchal society.
Description: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução, Florianópolis, 2023.
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/249908
Date: 2023


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