Análise do estilo de liderança na tensão dinâmica do sistema de controle gerencial e na ambidestria em subsecretaria do Ministério da Saúde

Abstract

As instituições são organismos vivos e o grau de sua vivacidade e de sua longevidade dependem de otimização de gestão de recursos diversos disponíveis. Gestores ou líderes não devem prescindir, portanto, de análise de fatos correlatos à gestão. Nesse sentido, este trabalho analisou o estilo de liderança na tensão dinâmica do sistema de controle gerencial e na ambidestria em subsecretaria do Ministério da Saúde do Brasil. Para isso, realizou-se o exame de 72 respostas de servidores lotados em unidades administrativas do Ministério da Saúde. A coleta de dados, feita no período de 02 de junho de 2022 a 2 de agosto de 2022, ocorreu por meio de questionário, composto por 86 questões, divididas em 4 grandes blocos: sistema de controle de diagnóstico, sistema de controle interativo, sistema de crenças e de limites (1º bloco, com 36 questões), ambidestria organizacional (2º bloco, com 14 questões), e estilos de liderança transacional, transformacional (3º bloco, com 19 questões), e as opções de respostas foram dadas em escala Likert de 7 pontos, sendo 1 (discordo totalmente) e 7 (concordo totalmente). O exame das respostas ocorreu por meio de estatística descritiva. Não houve missing data. Para os testes de hipóteses, desenvolvidas a partir da literatura correlatada, utilizou-se a técnica de Modelagem de Equações Estruturais. O estudo demonstrou que a liderança transformacional não configura como antecedente do uso do SCG, tampouco da tensão dinâmica e que, no primeiro setor, o estilo de liderança transacional tem importante papel em explicar as escolhas dos sistemas diagnóstico e interativo, mas não o sistema de crenças, nem o de limites. Ademais, o estilo de liderança transacional, per se, não é preditora da ambidestria. A pesquisa também indica que há supremacia preferencial de liderados às premissas da liderança transacional, em detrimento as da liderança transformacional. Logo, há indícios de que o desenvolvimento de liderança transformacional, nas unidades públicas objeto de estudo, é incipiente, o que pode denotar escassez de autonomia de liderados.

Abstract: Institutions are like living organisms and the degree of their vivacity and longevity depend on optimizing the management of the various resources available. Managers or leaders should not, therefore, disregard the analysis of facts related to management. Thus, this article analyzed the leadership style in the dynamic tension of the management control system and also in the ambidexterity in an Undersecretary of the Ministry of Health of Brazil. For this, an examination of 72 responses from public servants working in administrative units of the Ministry of Health was carried out. Data collection, obtained from June 2, 2022 to August 2, 2022, took place through a questionnaire, consisting of 86 questions, divided into 4 large blocks: diagnostic system, interactive system, belief system and boundary (1st block, with 36 questions), organizational ambidexterity (2nd block, with 14 questions), and transactional and transformational leadership styles (3rd block, with 19 questions), and the answer options were given on a 7-point Likert scale, with 1 (completely disagree) and 7 (completely agree). The examination of the answers occurred through descriptive statistics. There was no missing data. For testing hypotheses, developed from the related literature, the Structural Equation Modeling technique was used. The study demonstrated that transformational leadership does not configure as an antecedent of the use of the MCS, nor of the dynamic tension and that, in the public sector, the transactional leadership style plays an important role in explaining the choices of the diagnostic and interactive systems, but not the system of beliefs, nor that of boundary. Furthermore, the transactional leadership style, per se, is not a predictor of ambidexterity. The research also indicates that there is preferential supremacy of subordinates to the assumptions of transactional leadership, to the detriment of those of transformational leadership. Therefore, there are indications that the development of transformational leadership, in the public units under study, is incipient, which may denote a lack of autonomy of those led.