Entre a massificação e o tornar-se o que se é: estados mentais e as implicações filosóficas para a formação humana

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Entre a massificação e o tornar-se o que se é: estados mentais e as implicações filosóficas para a formação humana

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dc.contributor Universidade Federal de Santa Catarina
dc.contributor.advisor Bassi, Marcos Edgar
dc.contributor.author Massignani, Antonio Carlos
dc.date.accessioned 2023-09-01T13:05:30Z
dc.date.available 2023-09-01T13:05:30Z
dc.date.issued 2023
dc.identifier.other 382905
dc.identifier.uri https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/249927
dc.description Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, Florianópolis, 2023.
dc.description.abstract Nietzsche afirma que a psicologia é ?o caminho para os problemas fundamentais? (BM, §23). Entre estes problemas estão a natureza da consciência, do livre arbítrio, da liberdade, do sujeito, da moralidade e, também, da educação humana. Para compreendermos como a psicologia é o caminho para pensar estes problemas fundamentais é preciso a análise e compreensão de um conceito fundamental, chave de sua psicologia; (Trieb, Instinkt). Nietzsche afirma que o sí-mesmo (Selbst) é uma relação de impulsos? (BM, § 6,9,12) e mais, que ?o querer deve ser entendido em termos de acionamento (ativamento) de impulsos (Trieb) (BM, §19): conceito que é explorado e analisado na primeira parte do texto. Em seguida, na segunda parte, tratamos da teoria da consciência de Nietzsche, ou melhor, da mente humana como constituída por dois estados mentais fundamentais e que, se diferenciam entre si a partir do modo como estão organizados seus respectivos conteúdos, mas que, interagem entre si estabelecendo relações dinâmicas e fluída de influências e interações mútuas; estados mentais conscientes e estados mentais inconscientes (GC, §354, 357). De acordo com Nietzsche (idem), o conteúdo do primeiro estado mental é organizado e estruturado conceitualmente, o segundo estado mental, por sua vez, possui seu conteúdo organizado e estruturado esteticamente . De maneira geral, todo estado mental inconsciente que pode chegar a se tornar um estado mental consciente implica em um processo perigoso e profundo de falsificação, corrupção, vulgarização. Além disso, todo o estado mental consciente (tanto o conhecimento de si quanto o conhecimento do mundo) como um epifenômeno dos impulsos retroagem sobre estes mesmo impulsos como meios de nutrição, conservação, alimentos, estímulo, enfim, como condição de vida, domínio e poder destes impulsos. Veremos como a escrita de si para si, entendida como uma auto genealógica, exposta em Ecce homo constitui um exercício cuja função é fundamentalmente formativa e vinculada a tarefa de criação e desenvolvimento daquilo que se é. Na medida em que, estados mentais conscientes retroagem sobre estados mentais inconscientes os influenciando, fortalecendo, enfraquecendo ou mesmo obstruindo, determinadas organizações e hierarquias dos impulsos, tanto em sua disposição, potência e força. Por fim, nos ocupamos da escrita de si como estratégias filosóficas através das quais Nietzsche descreve, em Ecce homo, como foi possível ao ?senhor Nietzsche?, tornar-se o que se é. Para tanto, exploramos como essa obra autobiográfica, constitui uma auto genealogia, onde a escrita de si para si e para os outros o constitui um exercício formativo fundamental no caminho para tornar-se o que se é.
dc.description.abstract Abstract: Nietzsche claims that psychology is ?the way to fundamental problems? (BM, §23). Among these problems are the nature of conscience, free will, freedom, the subject, morality, and also human education. To understand how psychology is the way to think about these fundamental problems, it is necessary to analyze and understand a fundamental concept, key to its psychology; (Trieb, Instinct). Nietzsche affirms that the self (Selbst) is a relation of impulses? (BM, § 6,9,12) and more, that ?willing must be understood in terms of driving (activating) impulses (Trieb) (BM, §19): concept is explored and analyzed in the first part of the text. Then, in the second part, we deal with Nietzsche's theory of consciousness, or better, of the human mind as constituted by two fundamental mental states that differ from each other based on the way in which their respective contents are organized, but which interact with each other establishing dynamic and fluid relationships of influences and mutual interactions; conscious mental states and unconscious mental states (GC, §354, 357). According to Nietzsche (idem), the content of the first mental state is conceptually organized and structured, the second mental state, in turn, has its content organized and structured aesthetically. Generally speaking, every unconscious mental state that can become a conscious mental state implies a dangerous and profound process of falsification, corruption, and vulgarization. Furthermore, every conscious mental state (both knowledge of oneself and knowledge of the world) as an epiphenomenon of impulses retroacts on these same impulses as means of nutrition, conservation, food, stimulation, in short, as a condition of life, domain and power of these impulses. We will see how writing from oneself to oneself, understood as a genealogical auto, exposed in Ecce homo constitutes an exercise whose function is fundamentally formative and linked to the task of creation and development of what one is. As conscious mental states retroact upon unconscious mental states, influencing, strengthening, weakening or even obstructing certain organizations and hierarchies of impulses, both in their disposition, potency and strength. Finally, we deal with self-writing as philosophical strategies through which Nietzsche describes, in Ecce homo, how it was possible for ?Mr Nietzsche? to become what he is. To do so, we explore how this autobiographical work constitutes an auto genealogy, where the writing of oneself for oneself and for others constitutes a fundamental formative exercise on the way to becoming what one is. en
dc.format.extent 221 p.
dc.language.iso por
dc.subject.classification Educação
dc.subject.classification Impulso
dc.subject.classification Consciência
dc.subject.classification Educação
dc.subject.classification Instinto
dc.subject.classification Formação critico-criativa
dc.title Entre a massificação e o tornar-se o que se é: estados mentais e as implicações filosóficas para a formação humana
dc.type Dissertação (Mestrado)


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