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A COVID-19 assolou o mundo a partir do ano de 2020 e a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarou como pandemia global em março do mesmo ano. Além do contexto de infecção, percebeu-se que a associação de comorbidades elevava os riscos de mortalidade e que, os casos mais graves se correlacionavam, também, à sintomas característicos. Assim foi necessário monitorar e entender a doença e suas particularidades, de forma a orientar a estratégia mais adequada de saúde pública. Neste sentido o presente estudo teve por objetivo analisar espacialmente os dados de infectados por COVID-19 no Estado de Santa Catarina, nos primeiros meses de pandemia, identificar potenciais riscos e propor alternativas de intervenção. Utilizou como método o estudo epidemiológico descritivo, retrospectivo e analítico. Teve por base os dados disponibilizados pelo Governo do Estado de Santa Catarina e utilizou como técnicas a análise espacial e geográfica e a cartografia temática para identificar potenciais riscos a partir de dados relativos a comorbidades, sintomas, idade, sexo, entre outros. Dentro do período de estudo, entre março de 2020 e abril de 2021, foram confirmados 890.000 casos de COVID-19 em todos os 295 municípios catarinenses. Conclui-se que a dispersão de COVID-19 em Santa Catarina se deu, principalmente, pelo caráter urbano-rodoviário, que indicou a evolução da doença nos grandes centros e o espalhamento da mesma por meio dos eixos rodoviários principais do Estado. Dos 295 municípios existentes no Estado, todos apresentaram casos confirmados em agosto de 2020 e, 292 haviam confirmado, pelo menos, um óbito até abril de 2021. O cenário evolutivo de óbitos acompanhou a tendência dos casos confirmados, oscilando em picos como na temporada de verão, que por sua vez, se justificou pelas aglomerações devidas ao veraneio. A metodologia utilizada demonstrou potencial para extrair informações, auxiliar análises e apoiar à decisão em saúde pública e gerenciamento de pandemias. |
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