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Abstract:
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As doenças cardiovasculares são as principais causas de morte no Brasil e no mundo, sendo a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) a principal. A HAS é uma doença crônica não transmissível (DCNT), caracterizada pelo aumento dos níveis pressóricos, sendo causada por múltiplos fatores. Seus principais tratamentos são a base de fármacos e mudanças comportamentais, como prática de atividade física (AF) e uma dieta mais saudável, porém ambos apresentam baixa aderência e adesão. Dessa maneira, os gastos públicos no Brasil com diagnóstico, prevenção e tratamentos da HAS são altos e sua prevalência tende a crescer ainda mais no mundo inteiro. É imprescindível, portanto, o desenvolvimento de novas formas de tratamento para a HAS, tal como as intervenções baseadas em aplicativos de celulares, SMS e websites, proporcionadas pela democratização da internet e do uso de smartphones, na tentativa de aumentar a adesão ao tratamento medicamentoso e facilitar mudanças no estilo de vida. Diante disso, o objetivo deste estudo foi avaliar o efeito de uma intervenção baseada em um aplicativo de celular intitulado ’Pressão na boa’ nos níveis de AF de adultos e idosos hipertensos. Trata-se de um estudo randomizado e controlado com moradores da grande Florianópolis - SC. A intervenção durou oito semanas e os participantes foram divididos em grupo controle (GC), que recebeu uma palestra sobre os cuidados e controle da HAS, e grupo aplicativo (GA), que recebeu orientações para utilizar o aplicativo Pressão na Boa, que tem ferramentas que objetivam melhorar a adesão medicamentosa, promover e monitorar a AF, monitorar a pressão arterial (PA) e promover hábitos de saúde em geral. A AF foi avaliada por acelerometria (Actigraph – GT3X+), sendo calculados os minutos despendidos em atividade física leve (AFL), atividade física moderada-vigorosa (AFMV) e comportamento sedentário (CS). Para análise dos dados, aplicou-se ANOVA dois fatores com post hoc de Bonferroni e Qui-quadrado. Participaram do estudo, no total, 26 indivíduos (57,92 ± 12,37 anos, 40% de mulheres). Nenhuma diferença estatisticamente significativa foi identificada inter ou intra grupos para AFL (p=0,185), AFMV (p=0,182) e CS (p=0,75), e não identificou-se relação significativa entre ser ativo fisicamente e frequência de uso do aplicativo (p=0,086). Dessa forma, conclui-se que uma intervenção baseada em um aplicativo de celular não aumentou o nível de AF e não diminuiu o tempo em CS de adultos e idosos. |
