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A doença de Chagas é uma doença tropical negligenciada de alcance mundial que atingem milhões de pessoas, especialmente na América Latina, onde é endêmica. Os fármacos disponíveis são obsoletos e possuem baixa eficácia e elevada toxicidade. Neste panorama, o desenvolvimento de fármacos eficazes e seguros para a doença de Chagas é uma importante demanda, particularmente em países endêmicos como o Brasil. O objetivo deste projeto é o planejamento sintético e avaliação bioquímica de candidatos a novos fármacos para a doença de Chagas. Moléculas com atividade promissora contra o parasita causador da doença (o protozoário Trypanosoma cruzi), identificadas no Laboratório de Química Medicinal e Computacional (LQMC), do Instituto de Física da USP de São Carlos, serão utilizadas para o design sintético de outros compostos a serem testados no projeto. Serão investigados inibidores competitivos da enzima cruzaína, a principal cisteíno-protease do parasita, a qual é essencial para sua reprodução e patogenicidade. O projeto traz uma relação interinstitucional USP-UFSC, por intermédio do Centro de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade e Fármacos (CIBFar), um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) da FAPESP. Este projeto sofreu algumas alterações, devido a substituição de bolsista, para o qual esse relatório se refere ao período de 2 meses de concessão de bolsa, passando a focar na doença de Alzheimer, sem prejuízos de técnicas previstas. Metodologicamente a pesquisa se sustenta nos pilares contemporâneos da área, para a qual foram combinadas investigações teóricas, por meio de plataformas digitais tais como SwissADME. Após a avaliação das propriedades, foi selecionado o composto mais promissor na aplicação do tratamento de DA, para o encapsulamento em hidrogel de alginato/carragenana e sua liberação em fluídos gastrointestinais simulados. O mecanismo de liberação envolve o pH do meio e o acompanhamento da efetivação da entrega do composto no meio desejado é através do ensaio UV-Vis. Através dos espectros foi possível determinar a liberação da TSC na simulação ao meio gastrointestinal (pH 0,9 e 6,6), 29% e 87% respectivamente, o que encorajam novas pesquisas para verificar o potencial desse composto no desenvolvimento de fármacos com propriedades anti-DA. |
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