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Os estudos para o combate de doenças e investigação de novos tratamentos têm aumentado, devido ao crescimento da população mundial e a busca de uma melhor qualidade de vida. Uma substância natural que é produzida por abelhas e tem sido muito utilizada em diversas regiões do mundo possuindo efeitos benéficos na saúde humana, é a própolis. Onde diversas pesquisas têm comprovado as propriedades químicas e farmacológicas da própolis, incluindo atividades antibacteriana, anti-inflamatória, antioxidante, entre outras. As propriedades biológicas pertencentes às geoprópolis são diretamente influenciadas pela sua composição química, que varia dependendo da espécie de abelha, das plantas as quais as resinas são coletadas, assim como a estação do ano. Devido ao seu uso popular para o tratamento de diversas doenças sazonais, se mostra importante estudar a composição química da geoprópolis.
Sendo assim, esse estudo visa investigar metabólitos das amostras de geoprópolis das abelhas mandaçaia (Melipona quadrifasciata), coletadas em duas estações climáticas, inverno e verão. Essas geopropolis foram extraídas e fracionadas, utilizando diferentes solventes (Hexano, DCM, AcOEt e ButOH). Os extratos foram analisados por CLEU-MS e CG-MS e o perfil químico caracterizado empregando ferramenta metabolômica. Foram realizadas também análises estatísticas muiltiavraidas PCA e PLS-DA.
Com o resultado foram identificados um total de 28 metabólitos, pertencentes a diversas classes químicas. Os compostos etil p-cumarato (11) e galato de etila (3) foram detectados apenas na amostra de geoprópolis coletado no verão, enquanto que os compostos ácidos abieta-8,11,13,15-tetraen-18-óico (20), sugiol (26), um polifenol desconhecido (28) e cumaroil-galoil-hexosídeo (5) foram encontrados apenas na amostra coletada no inverno. Assim, concluíram que o estudo das geoprópolis produzidas pelas abelhas mandaçaias coletadas em estações do ano possuem certas similaridades na composição química, porém demonstram possuir metabólitos exclusivos de cada período de ano. Isso pode ser atribuído à interação das abelhas com diferentes espécies de flores durante diferentes períodos. Estudos in vitro também realizados resultaram em atividades promissoras de inibição da tripanotiona redutase, principalmente para frações de acetato de etila, com atividade acima de 50%. |
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