A internet enquanto campo de disputa pela igualdade de gênero

Abstract

Neste resumo, descrevo os projetos que participei e as atividades que realizei durante os períodos de 2022 a 2023, vinculados ao Laboratório de Estudos de Gênero e História (LEGH), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), orientado pela professora Cristina Scheibe Wolff. Nesse período, trabalhei no projeto “Internet enquanto campo de disputa pela igualdade de gênero”, no qual tivemos reuniões e grupos de estudos para debater e analisar textos que abordassem o impacto da internet e suas ferramentas de interação em dinâmicas políticas e sociais, assim como na organização de movimentos sociais, manifestações e outras práticas políticas. Debatemos também textos com foco em estruturar ferramentas de análises desses processos nos ambientes virtuais, considerando suas particularidades, com destaque para a teoria metodológica criada por Robert Kozinets, que foi a ferramenta principal usada nas análises de fonte feitas durante o projeto. A partir desses estudos, escrevi o artigo “A disseminação e debates do discurso antifeminista nas redes sociais através de vídeos no YoTube”, que possuia como objetivo analisar a produção de conteúdo antifeminsta na internet através de vídeos em canais na rede social YouTube. Através da análise desses vídeos, busquei entender qual é o perfil dos criadores de conteúdo que os produzem, além de analisar como os argumentos e dados presentes nesses vídeos são apresentados e estruturados, que tipos de fontes, quando usadas, baseiam a linha argumentativa deles e qual é o alcance que esses conteúdos possuem na plataforma. A partir do conteúdo trabalhado, considerando a amplitude de temas que produtores de conteúdo costumam abordar nessa rede, considerei necessário também observar quais são as outras pautas e inclinações políticas desses canais, contextualizando os discursos que reproduzem e entendendo seu papel no debate político atual. Busquei também entender de que forma tal debate ocorre dentro da própria plataforma, geralmente através da prática de vídeos respondendo ou reagindo a conteúdos de canais com inclinações políticas antagônicas. Participei também das reuniões de leitura ordinárias do Laboratório, nas quais debatíamos textos sobre questões gerais envolvendo pautas de gênero