A Evolução da Próclise e Objeto Nulo em Orações com Fronteamento de Constituintes no Teatro Brasileiro Oitocentista

Abstract

A atual pesquisa busca investigar, com base nas várias bibliografias abarcadas pelas áreas da linguística em sua totalidade, o fenômeno de fronteamento de constituintes em peças de teatro brasileiras do século XIX. Ou seja, em sentenças destinadas por determinado autor a constituírem os diálogos estruturais da narrativa de sua obra, encontram-se os traços discursivos da língua portuguesa, por sua vez, caracterizados pela opcionalidade de uma ou outra forma, de uma ou outra gramática. Aglutinado a isso, traz-se o embasamento teórico qual nos insere na competição de gramaticas, numa diglossia de formas gramaticais, em que uma gramática avança à norma culta enquanto outra, pelo contrário, declina ao total desuso. Disso, sabe-se que o Português Brasileiro (PB) saiu como ‘vencedor’, consolidando-se a partir do século XIX, porém, ainda há muito a ser investigado no período de ascensão de suas formas, principalmente sobre possíveis resquícios da citada competição. Sendo assim, reúnem-se aqui ricas amostras caracterizadas por distintos, porém relacionados, fenômenos linguísticos ocasionados por um parâmetro de mudança, de uma ordem estrutural, V2, a outra, SV, o que nos remete justamente aos vestígios de uma gramatica perdida, anterior ao PB, mas ainda timidamente presente, e portanto resistente, em seu período de consolidação.