Ocorrência e Dispersão de Poluentes Orgânicos Persistentes na Ilha de Florianópolis

Abstract

Pellets plásticos quando no oceano são capazes de adsorver Poluentes Orgânicos Persistentes (POPs) e transportar esses contaminantes a longas distâncias de sua origem. Devido a seus efeitos deletérios e sua capacidade de bioacumular e biomagnificar em animais, POPs são considerados ameaças à integridade do ecossistema marinho e devem ser monitorados. Se faz essencial mapear a ocorrência de POPs na costa catarinense visto que há poucos estudos no Brasil e no sul sobre a distribuição e dispersão desses poluentes no oceano. O objetivo deste trabalho é avaliar a ocorrência de bifenilas policloradas (PCBs) e pesticidas organoclorados em pellets plásticos da capital catarinense a fim de compreender o seu comportamento e suprir a lacuna existente. Foram analisadas 17 amostras de pellets coletados em 8 praias da Ilha de Florianópolis (SC). Os POPs foram extraídos com solventes orgânicos e quantificados por cromatografia de fase gasosa acoplada a um espectrômetro de massas (GC/MS). Devido a imprevistos não foi possível obter os resultados dentro do prazo, porém as práticas e as atividades exercidas durante esta iniciação científica possibilitaram identificar que há uma baixa adesão ao método proposto por Ogata et. al (2009) e que existe uma lacuna no entendimento dos pellets plásticos como vetores de contaminantes nos oceanos.