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O projeto de pesquisa “Reflexões sobre a duplicação das formas clíticas e suas relações com a cortesia verbal” foi desenvolvido durante o período de maio de 2022 a agosto de 2023, sob o escopo da Iniciação Científica, da qual fui bolsista (PIBIC/CNPq), pelo núcleo “Estudios de corpus del español escrito con marcas de oralidad” (CEEMO), na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Coordenado pela Professora Doutora Leandra Cristina de Oliveira, o projeto busca descrever e analisar o fenômeno de duplicação das formas clíticas de segunda pessoa e suas relações com a cortesia verbal em cartas que constituem o Corpus CICC - Correspondencias Internacionales a Carlos Chávez. No conjunto de 138 missivas, de quatro variedades do espanhol (argentina, mexicana, venezuelana e dominicana), recortamos para este estudo de IC sete documentos, controlando, na análise, o fator linguístico tipo de ato de fala, e a variável diatópica como fator extralinguístico. Para realização da pesquisa, realizamos a revisão da literatura da cortesia verbal (BROWN; LEVINSON, 1987; CASAMIGLIA; TUSON, 2001), dos estudos sobre o fenômeno da duplicação (OLIVA, 2003; SILVA-CORVALÁN,2001; GROPPI; VELOSO, 2004) e da temática da variação linguística do espanhol (MORENO-FERNANDÉZ, 2009). Com base nas leituras, a pesquisa em tela desenvolveu-se a partir do intento de responder os seguintes questionamentos: (i) que relações são possíveis de estabelecer entre a cortesia e o fenômeno da duplicação das formas clíticas? e (ii) que contrastes podem ser identificados no uso desse fenômeno em cartas redigidas por indivíduos de distintas variedades do espanhol? Considerando que essa é uma pesquisa incipiente e com dados de análises limitados, identificamos como resultado parcial: (i) a duplicação não é uma exigência gramatical, dessa forma, o sintagma duplicador é uma escolha do emissor conforme o efeito que ele busca causar com o seu enunciado (ii) existe um comportamento distinto nas variedades representadas no que diz respeito ao fenômeno analisado, em que os dados da Venezuela é o que orienta para maior recorrência da duplicação. Entre as variedades analisadas, a Argentina não apresentou nenhuma ocorrência de complementos verbais duplicados. |
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