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O câncer é um problema de saúde pública mundial que, segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer), apresentará 704 mil casos novos no Brasil para o triênio 2023-2025. Diante destes números alarmantes e da eficiência limitada das terapias tradicionais (cirurgia, quimioterapia e radioterapia) a busca por tratamentos mais eficazes tem sido um dos principais focos do desenvolvimento científico e das indústrias farmacêuticas. Nesse cenário, destaca-se a Terapia Fotodinâmica (TFD) a qual se baseia na fotoativação de um fármaco fotossensibilizador (FS) por meio de uma fonte de luz em um comprimento de onda adequado na presença de oxigênio molecular. Essa combinação leva a formação de espécies citotóxicas, como o oxigênio singleto, capaz de conduzir à morte celular. Assim, o presente estudo, teve como motivação o desenvolvimento de formulações para aplicação na TFD empregando como fármaco fotossensibilizador um corante xantênico. Neste estudo foi utilizada a Rosa de Bengala (RB) devido às suas excelentes propriedades fotofísicas, ausência de toxicidade no escuro e acessibilidade. A combinação da RB com nanopartículas metálicas, especialmente as de prata (AgNPs), leva ao ´´Metal Ennhanced Singlet Oxygen Generation`` que acarreta na potencialização da geração de oxigênio singleto pelos fármacos fotossensibilizadores, possivelmente levando a efeitos sinérgicos no tratamento de neoplasias malignas. Para o carreamento e entrega dos fármacos micelas poliméricas do Pluronic®F-127 foram empregadas, efetuando-se testes em diferentes concentrações (0,5; 1,00; 2,00; 4,00 % m/v). As formulações obtidas foram devidamente caracterizadas por Espectroscopia de Absorção Molecular na região do Ultravioleta e Visível (UV-Vis), Emissão de fluorescência e por espalhamento de luz dinâmico (DLS). O pKa aparente da RB incorporada em micelas de F-127 foi determinado por análise multivariada . Em geral, a RB apresentou pKa aparente de 5,8 e forte interação pelas micelas de F-127, fato observado nos estudos de constante de ligação. Além disso, as formulações obtidas apresentaram diâmetro hidrodinâmico (~120 nm), índice de polidispersão (~0,225), morfologia e estabilidade adequados. Os estudos de supressão de fluorescência permitiram identificar a distribuição da RB tanto na interface como na corona hidrofílica das micelas. Por fim, os ensaios de liberação in vitro mostraram que a formulação liberou RB e AgNPs. |
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