Abstract:
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Introdução: Disfunção do assoalho pélvico (DAP) é um termo amplo, usado para descrever condições clínicas causadas por lesão, disfunção e degeneração das estruturas do assoalho pélvico. Sua incidência varia na literatura, entretanto, sabe-se que são mais frequentes no sexo feminino e afetam negativamente a qualidade de vida, ocasionando diminuição nas relações sociais, isolamento social, depressão, inatividade física e incapacidade funcional. No Brasil e na Região Sul, inexistem estudos epidemiológicos sobre a prevalência de DAP e seus fatores associados. O objetivo do estudo foi analisar a prevalência de DAP e os fatores associados em mulheres residentes no município de Araranguá/SC. Métodos: Trata-se de um estudo transversal e com abordagem quantitativa, realizado com mulheres maiores de 18 anos de idade, residentes no município de Araranguá/SC. A amostra foi recrutada em diferentes ambientes para atingir a maior variedade possível de mulheres como, por exemplo, saídas de postos de saúde, grupos de convívio e academias de ginástica onde as potenciais participantes foram abordadas na rua via folder. Os critérios de exclusão foram: sintomas de infecção urinária na última semana, acamadas e baixa capacidade cognitiva. Os instrumentos utilizados no estudo: (1) ficha de caracterização da amostra, que avaliará dados sociodemográficos, critérios de inclusão e exclusão do estudo e fatores associados às DAP; (2) Mini Exame do Estado Mental para realizar o rastreio cognitivo da participante; (3) Questionário Pelvic Floor Disability Index para avaliar disfunções anorretais, pélvicas e urinárias; Todos os instrumentos foram aplicados em forma de entrevista individual. Os dados foram tratados por meio de estatística descritiva e inferencial, com nível de significância de 5%. Resultados: Participaram do estudo 64 mulheres com média de idade de 47,50 anos. A prevalência de DAP na amostra foi de 92%. Entre os fatores associados analisados no estudo, destacou-se o avanço da idade em que mulheres com DAP apresentaram média de 48,7 anos (±16,77) e mulheres sem DAP apresentaram média de 32,4 anos (±12,22). Conclusão: Observou-se uma alta prevalência de DAP entre as mulheres residentes em Araranguá/SC e o principal fator de risco foi o avanço da idade. |