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A medicalização é definida como um processo de transformação de questões sociais em patologias.
Desse modo, considera-se como alvo da medicina questões de natureza política, econômica, social
e cultural. Há um endereçamento de certos estudantes ao consumo de medicamentos para que
“ajustem” seus modos de ser, aprender e se comportar na escola. Esse movimento nos convoca a
problematizar de que maneira a Educação Física na formação acadêmica dos futuros professores,
tem produzido a concepção de corpo. Desse modo, a presente pesquisa tem como objetivo analisar
as monografias produzidas, que indicam um debate referente às concepções de corpo no contexto
escolar, incidindo sobre as práticas da disciplina, no curso de Educação Física da Universidade
Federal de Santa Catarina (UFSC). No período de 2015 a 2021, iniciou-se o trabalho de balanço
de produção para compreender quais concepções de corpos têm sido enfatizadas nas escolas. Para
tanto, realizou-se, em primeiro momento, uma pesquisa bibliográfica no Repositório Institucional
da UFSC. Em seguida, buscou-se identificar o que as pesquisas de Trabalhos de Conclusão de
Curso (TCCs) têm discutido acerca da relação entre a concepção de corpo e a Educação Física no
contexto educacional. Por fim, analisou-se as maneiras que a Educação Física tem compreendido
o corpo e como estas concepções influenciam nas práticas pedagógicas do próprio campo. O
recorte temporal escolhido está relacionado com o lançamento da quinta edição do Manual
Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, 5ª edição (Diagnostic and Statistical Manual of
Mental Disorders, Fifth Edition, DSM-5), em maio de 2013, nos EUA. A importância desse marco
reside no período necessário para que profissionais e pesquisadores se familiarizem com a nova
edição e para que as análises e estudos relacionados a ela comecem a ser publicados. Como
resultado da pesquisa, foram analisadas categorias que puderam auxiliar nesse processo de estudo
é importante destacar que houve uma tentativa de rompimento com os paradigmas nos estudos
sobre o ponto de vista do estudante-escritor, mas nota-se que esta mudança ainda está em estágios
iniciais no contexto universitário. Assim, o debate sobre a concepção corporal se faz essencial,
pois influencia diretamente na forma como as pessoas se percebem e interagem com o mundo ao
seu redor. Além disso, essa discussão é crucial para a promoção de uma saúde mental e física
equilibrada, bem como para combater estereótipos prejudiciais e padrões inatingíveis de beleza.
Portanto, ao abordar a concepção corporal de maneira aberta e informada, é possível promover
uma sociedade mais inclusiva, e consciente a partir da reflexão sobre a formação dos futuros
docentes, no sentido de construir conhecimentos que possam romper com a lógica hegemônica,
organicista e tecnicista que serviu de base para a formação de professores de Educação Física e
que ainda se apresenta com ênfase em muitas práticas. |
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