dc.contributor |
Universidade Federal de Santa Catarina |
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dc.contributor.advisor |
Peterle, Patricia |
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dc.contributor.author |
Ghisi, Agnes |
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dc.date.accessioned |
2023-11-23T23:28:43Z |
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dc.date.available |
2023-11-23T23:28:43Z |
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dc.date.issued |
2023 |
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dc.identifier.other |
384972 |
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dc.identifier.uri |
https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/252171 |
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dc.description |
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Literatura, 2023. |
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dc.description.abstract |
Alda Merini (1931-2009) é uma autora que vem ganhando cada vez mais espaço no Brasil, mas sua presença como objeto de pesquisa acadêmica ainda é incipiente. Esta pesquisa visa dar conta dessa lacuna e dar voz a um poeta complexo, que aqui se lê pelas lentes do feminismo contemporâneo. De modo geral, a sua poética é dividida em dois momentos, marcados principalmente pelas obras La presenza di Orfeo (1953) e La Terra Santa (1984), que reúnem poemas emblemáticos da sua trajetória literária, ainda mais no que diz respeito à escrita da própria vida como tomada de controle e agenciamento. Entre uma publicação e outra, Merini vive uma experiência traumática de internamento manicomial. Em ambas as obras o poeta trabalha a questão da loucura como uma relação com algo transcendente, que perpassa momentos de sua biografia e a relação com o próprio corpo. Esta pesquisa é dividida em três capítulos e busca entender como Merini usa a própria vida e imagem como concebidos para a poesia com elementos pelo menos aparentemente órficos e proféticos, mas certamente políticos. É essencial perceber a presença da loucura, do delírio, da profecia, da religião e da hagiografia de si mesma nessa construção poética. O corpus desta pesquisa é principalmente as obras supracitadas de Merini, mas não ignora produções e diálogos com poemas e narrativas de outras publicações do poeta. Contribui para a discussão que se elabora nestas páginas como reflexões a respeito do dispositivo e da escrita como uma técnica do si mesmo elaborada por Michel Foucault, cujas reflexões são retomadas por Elsa Dorlin, para pensar a opressão num sistema de poder e, a partir disso , o sujeito político do feminismo; por Judith Butler, para discutir o sujeito na relação com a moral e o autorrelato; e por Giorgio Agamben, para fazer considerações sobre o dispositivo e a escrita como uma operação sobre o sujeito que escreve. Todos esses argumentos se imbricam na poesia de Alda Merini, que se configura desde o início como uma escrita que se volta para a relação ética, se colocando como sujeito e objeto das reflexões. Nesse olhar, a perspectiva do delírio como elemento de contato com uma dimensão outra, também profética, em oposição à visão psiquiátrica da loucura, é fundamental para Merini escrever poesia e se apresentar politicamente para o mundo. |
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dc.description.abstract |
Abstract: Alda Merini (1931-2009) is an author whose work has become even more popular in Brazil, but her work as object of academic research is still incipient. This dissertation aims to address this gap and give voice to a complex poet, who is here examined through the lens of contemporary feminism. Generally, her poetic work is divided into two moments, marked mainly by La presenza di Orfeo (1953) and La Terra Santa (1984), which bring together emblematic poems of her literary trajectory, even more when referencing the writing of her own life as a means of taking back its control as an agent. Between these publications, Merini goes through the traumatic experiences of hospitalization in a psychiatric ward. In both works, the poet brings up the question of madness as a relationship with something transcendental, which permeates moments of her biography and the relationship with her own body. This research is divided in three chapters and seeks to understand how Merini uses her life and image as gimmicks to write poetry with apparently Orphic and prophetic elements, and certainly with political ones. It is essential to perceive the presence of madness, delirium, prophecy, religion, and self-hagiography in this poetic construction. The corpus of this research is mainly the forementioned Merini?s works, but it does not ignore other productions and seeks to dialogue with poems and narratives from other publications by the poet. The present research seeks to discuss these elements with theories of the device and writing as technique of the self, elaborated by Michel Foucault, whose ideas influenced Elsa Dorlin?s work, which discusses oppression in a system of power and the political subject of feminism. Foucault?s work also influenced that of Judith Butler, who discusses the subject in relation to morality and self-report. And finally, it also influenced Giorgio Agamben?s discussions on the ideas of device and writing as an operation on the subject that writes. All these arguments are intertwined in Alda Merini?s poetry, which is constructed from the beginning as a writing that looks to the self, placing it as both the subject and object of her reflections. In this view, the perspective of delirium, opposed to the psychiatric take, as a way of getting in touch with another dimension and as Prophecy is fundamental for Merini?s poetry writing and presenting herself politically to the world. |
en |
dc.format.extent |
161 p.| il. |
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dc.language.iso |
por |
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dc.subject.classification |
Literatura |
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dc.subject.classification |
Poesia italiana |
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dc.subject.classification |
Doenças mentais |
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dc.subject.classification |
Feminismo |
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dc.title |
"Minima ed immensa": a poesia de Alda Merini dos anos 1950 e 1980 |
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dc.type |
Dissertação (Mestrado) |
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dc.contributor.advisor-co |
Santi, Elena |
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