Inflência da atividade física regular nas disfunções dos músculos do assoalho pélvico

Abstract

Introdução: As disfunções dos músculos do assoalho pélvico (MAP) são distúrbios comuns e afetam a qualidade de vida de muitas mulheres. A atividade física regular promove diversos benefícios para a saúde, sendo o exercício um dos fatores de proteção para as disfunções do assoalho pélvico (DAP). Desta forma, torna-se importante determinar a influência da atividade física sobre essas disfunções. Objetivo: Analisar a associação entre atividade física e DAP em mulheres adultas. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, realizado por formulário digital. A população do estudo foi composta por mulheres com idade superior a 25 anos, residentes na região sul do Brasil. A presença de DAP foi avaliada pelo Pelvic Floor Distress Inventory (PFDI-20), que avalia desconfortos pélvicos, urinários e anorretais. A prática de atividade física foi determinada por autorrelato. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva e inferencial, com nível de significância de 5%. Resultados: Foram avaliadas 270 mulheres com média de idade de 32,24 (± 8,15 anos), das quais 234 apresentaram algum tipo de DAP. Na associação entre DAP e a prática de atividade física, 55,4% (n= 82) das mulheres inativas apresentam sintomas urinários (p= 0,050), como aumento da frequência urinária, urgência para ir ao banheiro, perda urinária em pequena quantidade e perda urinária aos esforços. Conclusão: Mulheres que não praticam atividade física regular tendem a apresentar sintomas urinários. O fisioterapeuta deve, durante a prática clínica, incentivar a realização de modalidades de atividade física que auxiliem na prevenção dos sintomas de DAP.

Introduction: Pelvic floor muscle dysfunctions are common disorders and affect the quality of life of many women. Regular physical activity promotes several health benefits, with exercise being one of the protective factors for pelvic floor dysfunction (PAD). Therefore, it is important to determine the influence of physical activity on these disorders. Objective: To analyze the association between physical activity and PAD in adult women. Methods: This is a cross-sectional study, carried out using a digital survey. The study population was made up of women over 25 years of age, living in the southern region of Brazil. The presence of PAD was assessed by the Pelvic Floor Distress Inventory (PFDI-20), which assesses pelvic, urinary and anorectal discomfort. The practice of physical activity was determined by self-report. The data were analyzed using descriptive and inferential statistics, with a significance level of 5%. Results: 270 women were evaluated, with a mean age of 32.24 (± 8.15 years), of which 234 had some type of PAD. In the association between PAD and physical activity, 55.4% (n= 82) of inactive women present urinary symptoms (p= 0.050). Conclusion: Women who do not practice regular physical activity tend to present urinary symptoms such as increased urinary frequency, urgency to go to the bathroom, loss of small amounts of urine, loss of urine when laughing, coughing or sneezing. The physiotherapist must, during clinical practice, encourage the performance of physical activity modalities that help prevent PAD symptoms.