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Introdução: O Diabetes Mellitus é uma síndrome metabólica, de origem múltipla, decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade da insulina de exercer adequadamente seus efeitos, sendo um importante e crescente problema de saúde, nacional e internacional. Além das dificuldades de autocuidado relacionadas à insulinoterapia, somam-se os déficits de adesão aos esquemas alimentares que prejudicam o controle glicêmico, favorecendo o surgimento de complicações, como o pé diabético. A inclusão da insulina na terapêutica acrescenta complexidade ao tratamento e à educação em saúde. Voltada para o desenvolvimento de habilidades de autocuidado, ela constitui-se como estratégia fundamental à compreensão e à superação das barreiras envolvidas que possam comprometer o sucesso do tratamento. Objetivo: Identificar conhecimento sobre insulinoterapia e cuidados com os pés por pessoas com diabetes e de eus familiares cuidadores no contexto da hospitalização. Método: Trata-se de estudo descritivo de abordagem quantitativa, realizado em um Hospital Universitário do sul do Brasil, nas unidades de clínica cirúrgica, tendo como sujeitos pacientes com diabetes em uso de insulinoterapia e os cuidadores/familiares responsáveis pela aplicação. A coleta de dados foi realizada entre fevereiro e junho de 2023, por meio de entrevista guiada por um roteiro semiestruturado, que avaliou os cuidados frente à insulinoterapia e os cuidados com os pés, segundo as recomendações da Sociedade Brasileira de Diabetes. Os dados foram submetidos à estatística descritiva, com medidas de valores absolutos e relativos, discutidos à luz da literatura atual e de diretrizes nacionais e internacionais sobre o tema. O estudo foi aprovado no comitê de ética (CAAE 59452222.8.0000.0121). Resultados: Participaram da pesquisa 24 pacientes e quatro familiares/cuidadores, sendo a maioria do sexo masculino (58,33%), com ensino fundamental incompleto (62,7%), casados (58,34%), aposentados (75%), com renda média entre 1000 - 2000 reais (50%), com diagnóstico de Diabetes tipo 2 (92%), em uso de caneta de insulina (84,33%) e com associação de insulina Regular e NPH (66,66%). Dentre os cuidados avaliados, identificou-se lacuna de conhecimento acerca do transporte (66,67%), armazenamento (79,17%) e aplicação da insulina (66,67%). Especificamente sobre os cuidados com os pés, 83,34% dos entrevistados não fazia o corte correto das unhas e 87,50% não realizava inspeção diária dos pés, 91,67% não inspecionava os calçados, 95,84% não realizava sua higiene adequada e 66,67% usava calçados inapropriados. Conclusão: O presente estudo demonstrou um conhecimento insuficiente ou inadequado dos pacientes e familiares cuidadores na aplicação de insulina e nos cuidados com os pés, destacando a importância da educação em saúde que deve ser iniciada ainda na Atenção Primária e reforçando a importância do papel do enfermeiro com vistas a minimizar as necessidades de internações por complicações e para maior controle da doença. |
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