Walter Benjamin e o futurismo italiano

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Walter Benjamin e o futurismo italiano

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Title: Walter Benjamin e o futurismo italiano
Author: Lima, Wudson Marcos Sena de
Abstract: Este trabalho apresenta estudos sobre as interpretações de Walter Benjamin acerca do futurismo italiano liderado por Filippo Marinetti. Esse movimento de vanguarda promovia o que Benjamin chamou de “estetização da política”, que consiste no uso da difusão da arte e da propaganda fascista em larga escala, com efeitos fantasmagóricos inebriantes, que submergem os espectadores em uma ilusão de transformação da realidade sem, no entanto, transformá-la efetivamente. Além disso, os futuristas corriam desesperadamente a fim de sobrepujar quaisquer imperativos colocados pela ideologia do progresso. Eles propagaram a estética da guerra, onde a destruição material e humana era submetida ao avanço tecnológico e industrial superacelerado. Enquanto esse movimento italiano renegava toda a arte e produção intelectual do passado, em nome do “sempre novo”, Benjamin apresenta um entrelaçamento dialético entre pretérito, presente e futuro. Nesse sentido, as respostas antiprogressistas do filósofo contém um amálgama peculiar entre marxismo, romantismo e judaísmo, afirmando de maneira profana os conceitos de “rememoração” e “redenção” das esquecidas vítimas do passado. Se o futurismo italiano realiza a estetização da política, por meio da afirmação de que “a guerra é bela”, Benjamin se opõe com a exposição dos conteúdos revolucionários de outros movimentos artísticos de vanguarda, a saber: dadaísmo, surrealismo, futurismo russo e o teatro épico de Bertolt Brecht. A resposta contra a teologia negativa da arte pela arte promovida pelos futuristas italianos se dá por meio de atitudes antiestéticas e que inserem o proletariado no domínio técnico da produção cultural e artística.Abstract: This work presents studies about Walter Benjamin's interpretations of Italian futurism by Filippo Marinetti. This avant-garde movement promoted what Benjamin called the “aestheticization of politics”, which consists of the use of the dissemination of art and fascist propaganda on a large scale, with astounding ghostly effects, which submerge spectators in an illusion of transforming reality without, however, transform it effectively. Moreover, futurists raced desperately in order to overcome any imperatives placed by the ideology of progress. They spread the aesthetics of war, in which material and human destruction was subjected to super-accelerated technological and industrial advancement. While this Italian movement denied all art and intellectual production of the past, in the name of “always new”, Benjamin presents a dialectical interweaving between past, present and future. In this regard, the philosopher's anti-progressive responses contain a peculiar amalgam between Marxism, romanticism and Judaism, profanely affirming the concepts of “remembrance” and “redemption” of the forgotten victims of the past. If Italian futurism accomplishes the aestheticization of politics, through the affirmation that “war is beautiful”, Benjamin opposes it with the exposure of the revolutionary contents of other avant-garde artistic movements, namely: Dadaism, Surrealism, Russian Futurism and the epic theater by Bertolt Brecht. The response against the negative theology of art for art promoted by the Italian futurists is through anti-aesthetic attitudes that insert the proletariat into the technical domain of cultural and artistic production.
Description: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa Programa de Pós-Graduação em Filosofia, Florianópolis, 2023.
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/252489
Date: 2023


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