Ensaio político-epistêmico: situacionalidade do sujeito de conhecimento

Abstract

Durante minha pesquisa me deparei com a seguinte questão: minha tese defende uma epistemologia universalista ou situada? Incerto sobre a resposta, iniciei uma jornada filosófica de exploração e reflexão, reescrevendo a própria trajetória do presente trabalho. A dicotomia entre diferentes “modelos” ou “pontos de partida” me levaram a confrontar concepções tradicionais do sujeito de conhecimento, questionando a própria estrutura que sustenta meu pensamento enquanto pessoa situada num meio. Movendo-me entre abordagens “analíticas” e “continentais” da filosofia, busquei um “equilíbrio” desarmônico entre o universal e o situado, reconhecendo a complexidade da experiência humana. Minha escrita mergulhou em questões existenciais e morais, tanto quanto questões mais técnicas e pontuais, abraçando uma perspectiva crítica e aberta ao desconforto. Ao abordar a formação do sujeito de conhecimento, enfatizei a importância de reconhecer o contexto social e cultural em que as ideias se desenvolvem. Inspirado por pensadores clássicos, bem como por feministas e socialistas, busquei repensar os paradigmas ocidentais e abrir-me a outras cosmovisões, dentro de meu limitado espectro de questões. O resultado é uma tese inquietante e transformadora que busca transcender as fronteiras tradicionais entre disciplinas filosóficas, estudos científicos e produção literária, almejando a renovação para uma noção ampliada acerca sujeito de conhecimento.

Abstract: During my research I came across an intriguing question: does my thesis defend a universalist or a situated epistemology? Uncertain of the answer, I embarked on a philosophical journey of exploration and reflection, reshaping the trajectory of my research. The dichotomy between different “models” led me to confront traditional conceptions of the subject of knowledge, questioning the very structure that sustains my thinking as a person situated in an environment. Navigating between 'analytical' and 'continental' approaches to philosophy, I endeavored to find an unconventional 'balance' between the universal and the situated, recognizing the complexity of the human experience. My writing has delved into existential and moral issues, as well as more technical and specific issues, embracing a critical perspective that remains receptive to discomfort. When addressing the formation of the subject of knowledge, I emphasized the importance of recognizing the social and cultural context in which ideas develop. Inspired by classical thinkers, as well as feminists and socialists, I sought to rethink Western paradigms and open myself to other worldviews within my limited spectrum of issues. The result is a disturbing and transformative thesis that seeks to transcend the traditional boundaries between philosophical disciplines, scientific and literary studies, aiming at renewing a notion about the subject of knowledge.