Abstract:
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Introdução: Hemorragias digestivas são situações clínicas comuns atendidas em serviços de
emergência. O tempo de permanência destes pacientes na emergência pode contribuir para a
superlotação do serviço, além de representar um indicador desse fenômeno. Objetivo:
Analisar o tempo de permanência na emergência de pacientes internados com diagnóstico
com hemorragia digestiva em um hospital universitário. Métodos: Estudo quantitativo
transversal e retrospectivo, com base em dados do prontuário eletrônico de 52 pacientes
internados por hemorragia digestiva. Os dados foram analisados a partir de estatística
descritiva e analítica. Variáveis categóricas foram comparadas com uso do Teste qui-
quadrado, variáveis contínuas paramétricas pelo Teste t e as não-paramétricas pelo Teste
Mann-Whitney ou pelo Teste Kruskal-Wallis. Valores de p abaixo de 0,05 foram
considerados significativos. Resultados: Amostra majoritariamente masculina (65,4%),
acometida por hemorragia digestiva alta (65,4%), com idade média de 63,6(±14,4) anos e
apresentando mais de duas comorbidades (67,3%). O tempo mediano de permanência do total
de pacientes na emergência foi de 47,1 (27,8 – 74,8) horas. Pacientes com hemorragia
digestiva alta tiveram tempos medianos (em horas) para decisão clínica (2,5 vs 5,9; p= 0,008),
para tratamento e estabilização clínica (31,6 vs 52,7; p= 0,083) e de permanência na
emergência (35,1 vs 59,1; p= 0,034) menores do que aqueles com hemorragia digestiva baixa.
Conclusão: Pacientes com hemorragia digestiva baixa permanecem mais tempo na
emergência do que os com hemorragia digestiva alta. Estratégias institucionais visando
melhorar o fluxo de atendimento em emergência são uma alternativa para reduzir esse tempo. |