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Introdução: Crianças e adolescentes com cardiopatia congênita podem apresentar fatores de
risco adicionais para doença cardiovascular adquirida. Entre esses fatores, além da condição
cardíaca prévia, estão o padrão alimentar e a qualidade do sono. Nesse contexto, estudos
apontam que o padrão alimentar interfere na qualidade do sono. No entanto, não foram
observados estudos relacionando esses dois fatores em crianças e adolescentes com cardiopatia
congênita. Objetivos: Descrever a adesão ao padrão alimentar DASH, a prevalência da má
qualidade do sono, bem como avaliar a associação entre o padrão alimentar DASH e qualidade
do sono em crianças e adolescentes com cardiopatia congênita. Métodos: Estudo transversal
com crianças e adolescentes com cardiopatia congênita, de ambos os sexos, com idade entre 5
e 18 anos. Trata-se de uma análise secundária do estudo Floripa CHild (Congenital Heart
dIsease and atheroscLerosis in children and adolescents) Study realizada entre os anos de 2021
e 2022. A ingestão alimentar foi coletada por meio de um questionário de frequência alimentar
on-line, semiquantitativo, estruturado e autoaplicável via Google Forms. Para avaliar a adesão
ao padrão alimentar DASH realizou-se uma adaptação do Índice DASH de Gunther (2008). A
má qualidade do sono foi avaliada utilizando o questionário de autoavaliação Pittsburgh Sleep
Quality Index. Ainda, foram coletadas características sociodemográficas e clínicas, estilo de
vida e componentes cardiometabólicos. Foi realizada estatística descritiva, com mediana e
intervalo interquartil [IQR]. Regressão logística simples e ajustada por fatores de confusão
foram expressas em odds ratio (OR) e intervalo de confiança (IC) de 95%. P <0,05 foi
considerado significativo. Resultados: Foram avaliados 111 crianças e adolescentes com
cardiopatia congênita, idade mediana de 13,05 [IQR 10,1; 14,11] anos, 59% do sexo feminino,
63,06% possuíam cardiopatia congênita acianótica, 90,99% apresentavam tempo de tela
elevado e 18,92% apresentaram má qualidade de sono. Foi observada adesão muito baixa ao
padrão alimentar DASH, mediana de escore de 31 [IQR 25; 36,5]. Não houve associação
significativa entre escore DASH total ou os escores por grupos alimentares entre crianças com
boa ou má qualidade do sono. Conclusão: A prevalência de má qualidade de sono foi de
18,92%. Foi identificado padrão alimentar predominantemente não saudável nos hábitos
alimentares de crianças e adolescentes com cardiopatia congênita. Embora não tenha sido
observada associação com a qualidade do sono, é importante estimular a adesão a um padrão
alimentar saudável. |
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