Poluição do ar como fator de risco para a saúde respiratória no Brasil: uma análise da influência do uso do solo e fatores socioeconômicos

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Poluição do ar como fator de risco para a saúde respiratória no Brasil: uma análise da influência do uso do solo e fatores socioeconômicos

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Title: Poluição do ar como fator de risco para a saúde respiratória no Brasil: uma análise da influência do uso do solo e fatores socioeconômicos
Author: Santos, Rafaella Cristina Mendes dos
Abstract: A poluição do ar representa um sério risco à saúde, sendo responsável por um alto índice de morbidade e mortalidade global. O risco à saúde causado pela poluição do ar varia em diferentes regiões do Brasil. Embora estudos anteriores tenham estimado riscos relativos entre fatores ambientais e hospitalizações respiratórias, a compreensão dos determinantes desses riscos ainda é pouco esclarecida. Neste sentido, este estudo teve como objetivo investigar os fatores que influenciam a variabilidade espacial das internações por doenças respiratórias no Brasil. Para a pesquisa, foram utilizados conjuntos de dados como riscos relativos de internações hospitalares por doenças respiratórias associados ao poluente SO₂, informações sobre uso e cobertura do solo, informações sobre fontes de poluentes e IDHM no contexto brasileiro. Para compreender a distribuição e variabilidade dos dados, utilizou-se a estatística descritiva. Foi empregado o teste de Mann-Whitney para verificar se existe diferença estatística significante entre os riscos considerando as faixas de IDHM e diferentes percentuais de uso e cobertura do solo. Para verificar a correlação entre as variáveis, empregou-se o Coeficiente de Correlação de Spearman. O teste de Mann-Whitney apresentou variabilidade significativa somente para os diferentes percentuais de uso e cobertura do solo. Regiões com maiores IDHMs e pixels com menores IDHMs apresentaram, em média, os maiores riscos. A correlação entre percentual de floresta e risco relativo foi negativa, indicando que áreas com maior percentual de floresta tendem a apresentar menores riscos. Já a correlação entre percentual de área de uso na agropecuária e risco relativo foi positiva, indicando que áreas com maior percentual de uso na agropecuária tendem a apresentar maiores riscos. A correlação entre percentual de área urbanizada e risco relativo foi negativa, indicando que áreas com menor percentual de área urbanizada tendem a apresentar maiores riscos. A correlação entre as emissões e o risco relativo não demonstrou significância estatística, mas pode sugerir que o risco não é exclusivamente resultante das emissões atmosféricas, podendo estar associado a outras variáveis. Este estudo forneceu estatísticas que podem orientar investigações futuras sobre os fatores que influenciam os riscos à saúde humana no Brasil.Air pollution poses a serious health risk, being responsible for a high rate of morbidity and mortality globally. The health risk caused by air pollution varies in different regions of Brazil. Although previous studies have estimated relative risks between environmental factors and respiratory hospitalizations, the understanding of the determinants of these risks is still not well elucidated. In this sense, this study aimed to investigate the factors influencing the spatial variability of hospitalizations for respiratory diseases in Brazil. For the research, data sets such as relative risks of hospitalizations for respiratory diseases associated with the pollutant SO₂, information on land use and cover, information on pollutant sources, and HDI in the Brazilian context were used. Descriptive statistics were used to understand the distribution and variability of the data. The Mann-Whitney test was employed to verify if there is a statistically significant difference between risks considering HDI ranges and different percentages of land use and cover. To examine the correlation between the variables, the Spearman Correlation Coefficient was used. The Mann-Whitney test showed significant variability only for different percentages of land use and cover. Regions with higher HDIs and pixels with lower HDIs, on average, presented the highest risks. The correlation between the percentage of forest and relative risk was negative, indicating that areas with a higher percentage of forest tend to have lower risks. On the other hand, the correlation between the percentage of agricultural land use and relative risk was positive, indicating that areas with a higher percentage of agricultural land use tend to have higher risks. The correlation between the percentage of urbanized area and relative risk was negative, indicating that areas with a lower percentage of urbanized area tend to have higher risks. The correlation between emissions and relative risk did not show statistical significance, but may suggest that the risk is not exclusively the result of atmospheric emissions, possibly being associated with other variables. This study provided statistics that can guide future investigations into the factors influencing health risks in Brazil.
Description: TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico, Engenharia Sanitária e Ambiental.
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/253229
Date: 2023-12-05


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