O efeito de diversas modalidades de treinamento físico no controle glicêmico e saúde mental de indivíduos com DMT2: uma revisão integrativa

Abstract

O Diabetes Mellitus tipo 2 (DMT2) é uma doença crescente a nível global, associada a diversos fatores de risco, incluindo dieta desequilibrada, genética, obesidade, sedentarismo, idade, tabagismo, distúrbios do sono e desreguladores endócrinos. Além disso, o DMT2 frequentemente está associado a outras condições, como hipertensão arterial, dislipidemia, doença cardiovascular e transtornos mentais. A compreensão de fatores associados que influenciam o DMT2 é fundamental para desenvolver estratégias eficazes de prevenção e tratamento. Este trabalho teve como objetivo realizar uma revisão integrativa dos efeitos de vários tipos de treinamento físico (TF) no controle glicêmico, na inflamação sistêmica e na saúde mental, avaliada mediante a modulação de biomarcadores como BDNF e cortisol e/ou testes de função cognitiva, em pessoas com DMT2. A busca foi realizada em bases de dados científicas, como PubMed e Embase, utilizando palavras-chave relacionadas ao tema. Foram incluídos estudos publicados em inglês e que apresentassem resultados quantitativos sobre o assunto. Os resultados revelaram efeitos abrangentes sobre o treinamento físico na população diabética. Foi observado que o treinamento físico combinado apresenta efeitos positivos na redução de sintomas depressivos. Por outro lado, o treinamento aeróbico, revelou aumentos significativos nos níveis de BDNF, correlacionados com melhorias na função cognitiva executiva e no controle glicêmico, aumento a sensibilidade à insulina e redução da inflamação sistêmica. Quanto ao yoga e pranayama, foram observadas melhorias nos parâmetros de controle glicêmico, similares aos dos treinamentos aeróbio, de força e combinado. Destaca-se a diminuição do cortisol no pranayma e redução de citocinas pró-inflamatórias como interleucina-6 (IL-6) e fator de necrose tumoral alfa (TNF-α) no yoga. Esses achados destacam que diferentes práticas, tanto no treinamento físico convencional como no não convencional, produzem efeitos metabólicos específicos e benéficos à saúde mental em indivíduos com DMT2, através de impactos positivos nos biomarcadores relacionados à doença, evidenciando a importância do exercício físico regular. No entanto, é importante reconhecer as limitações dos estudos, como tamanhos de amostra diferentes e falta de grupo controle adequados. Portanto, mais pesquisas são necessárias para confirmar e compreender os mecanismos subjacentes a esses efeitos. Além disso, é essencial aprofundar a investigação dos princípios e variáveis do treinamento físico, preenchendo lacunas relacionadas a esses parâmetros.

Type 2 Diabetes Mellitus (T2DM) is a growing global disease associated with various risk factors, including an inbalanced diet, genetics, obesity, sedentary lifestyle, age, smoking, sleep disorders, and endocrine disruptors. Additionally, T2DM is often linked to other conditions such as hypertension, dyslipidemia, cardiovascular disease, and mental disorders. Understanding associated factors that influencing T2DM is crucial for developing effective prevention and treatment strategies. This study aimed to conduct an integrative review of the effects of various types of physical training (PT) on glycemic control, systemic inflammation, and mental health, assessed through the modulation of biomarkers such as BDNF and cortisol and/or cognitive function tests, in individuals with T2DM. The search was conducted in scientific databases such as PubMed and Embase, using keywords related to the topic. Studies published in English with quantitative results on the subject were included. The results revealed comprehensive effects of physical training on the diabetic population. It was observed that combined physical training has positive effects on reducing depressive symptoms. Conversely, aerobic training showed significant increases in BDNF levels, correlated with improvements in executive cognitive function and glycemic control, increased insulin sensitivity, and reduced systemic inflammation. Regarding yoga and pranayama, improvements in glycemic control parameters were observed, similar to aerobic, strength, and combined training. Notably, pranayama led to a decrease in cortisol, and yoga resulted in a reduction of pro-inflammatory cytokines such as interleukin-6 (IL-6) and tumor necrosis factor-alpha (TNF-α). These findings emphasize that different practices, both in conventional and unconventional physical training, produce specific metabolic and beneficial effects on mental health in individuals with T2DM, through positive impacts on disease-related biomarkers, highlighting the importance of regular physical exercise. However, it is essential to recognize study limitations, such as different sample sizes and the lack of appropriate control groups. Therefore, further research is needed to confirm and understand the underlying mechanisms of these effects. Additionally, it is crucial to delve into the investigation of the principles and variables of physical training, filling gaps related to these parameters.