O laboratório das emoções nas narrativas clariceanas

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O laboratório das emoções nas narrativas clariceanas

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dc.contributor Universidade Federal de Santa Catarina. pt_BR
dc.contributor.advisor Giorgi, Artur de Vargas
dc.contributor.author Bauer, Tayná
dc.date.accessioned 2023-12-19T13:32:51Z
dc.date.available 2023-12-19T13:32:51Z
dc.date.issued 2023-11-20
dc.identifier.uri https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/253485
dc.description TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Língua Portuguesa e Literaturas em Língua Portuguesa. pt_BR
dc.description.abstract Este Trabalho de Conclusão de Curso tem como propósito investigar o movimento das emoções no projeto estético de Clarice Lispector e, assim, o modo como as narrativas comovem o mundo. Para isso, a partir de aproximações com a arte abstrata, inicialmente observamos de que maneira se estrutura uma “realidade delicada” em narrativas como Água viva (1973) e Um sopro de vida (1978, póstumo), amparando-se nas pinturas da própria autora, realizadas na década de 1970, e nas do pintor russo Wassily Kandinsky, trazendo, da mesma forma, as teorias estéticas do artista a partir do livro Do espiritual na arte (1911). Dessa dimensão delicadíssima, as observações acerca do trânsito das emoções e da matéria orgânica levam-nos ao tão recorrente termo nos livros de Lispector: o antes/atrás do pensamento (também o avesso da palavra). Por essa via, podemos aproximar sua escrita ao domínio da in-fância, cunhado pelo filósofo Giorgio Agamben, no livro Infância e história (2005), onde uma autêntica experiência da linguagem permanece. As emoções, no entanto, não param, são movimentos, que partem do ser ao mundo; são gestos e expressões que acompanham a humanidade e, portanto, são uma linguagem, como bem apontou George Didi-Huberman, no livro Que emoção! Que emoção? (2016). Desse modo, ao relacionarmos as emoções a uma comunicação, partimos para a recepção da leitura nas obras de Lispector, as quais transformam, não somente a estrutura narrativa, mas também os olhos e corpos daqueles que as leem. Para esse caminho, além das já citadas obras da autora, privilegiamos A hora da estrela (1977), bem como os contos “Os desastres de Sofia”, de A legião estrangeira (1964), e “Amor”, de Felicidade clandestina (1971). Nesse sentido, apoiado na fortuna crítica de obras como A vertical das emoções (2021), O que vemos, o que nos olha (1998), ambas de Didi-Huberman, e Performance, recepção, leitura (1990), de Zumthor, o trabalho apresenta o trânsito das emoções que acontece das narrativas aos sujeitos, do ser ao aí/mundo, construindo, desse modo, um embate com as luzes da razão e, por fim, uma ética das emoções. pt_BR
dc.description.abstract This Course Conclusion Paper has the purpose of searching the emotions movement on the aesthetic project by Clarice Lispector and, thus, the way how narratives affect the world. For that, through approximations to abstract art, inicially, we observe how the “delicate reality” is structured on the narratives like Água viva (1973) and Um sopro de vida (1978, posthumous), based on the author’s own paintings, produced in the 1970, and based on the russian artist Wassily Kandinsky, bringing, in the same way, the artist’s aesthetic theories from Kandinsky’s book Concerning the spiritual in art (1911). Of this delicate dimension, the observations about the emotions traffic and organic material take us to the so recurrent term in Lispector’s books: the behind the thought (atrás do pensamento), and also the reverse of word. On this way, we can approach the writing to the in-fancy domains, coined by the philosopher Giorgio Agamben, in the book Infancy and history (2005), where a genuine language experience persists. The emotions, however, don’t stop, they are movements that go from being to the world; are gestures and expressions that accompany humanity and, therefore, they are a language, as George Didi-Huberman rightly pointed out in the book Such emotion! What emotion? (2016). Thereby, when we relate emotions to communication, we go to the reception of readings on Lispector’s works, which transform not only the narratives, but also the eyes and the bodies of those who read them. For that way, in addition to aforementioned works by the author, we privilegie A hora da estrela (1977), as well as the stories “Os desastres de Sofia” (The Desasters of Sofia), from A legião estrangeira (1964), and “Amor” (Love), from Felicidade clandestina (1971). In this sense, supported by the critical fortune of works such as A vertical das emoções (2021), O que vemos, o que nos olha (1998), both by Didi-Huberman, and Performance, recepção, leitura (1990), by Zumthor, this work presents the emotions traffic that happens from narratives to the subjects, from the being to the world, building, thus, a clash with the lights of reason and, finally, an ethics of emotions. pt_BR
dc.format.extent 106 f. pt_BR
dc.language.iso pt_BR pt_BR
dc.publisher Florianópolis, SC. pt_BR
dc.rights Open Access. en
dc.subject Clarice Lispector pt_BR
dc.subject emoções pt_BR
dc.subject literatura pt_BR
dc.subject pintura pt_BR
dc.subject estética pt_BR
dc.title O laboratório das emoções nas narrativas clariceanas pt_BR
dc.type TCCgrad pt_BR


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