dc.description.abstract |
A "Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas", foi criada em 1964 pela International Union for Conservation of Nature (IUCN), órgão internacional de conservação de espécies fundado em 1948, tornou possível o monitoramento das espécies ameaçadas de extinção em nível global. A partir da metodologia para compor estas listas, os países se espelharam para criar listas vermelhas nacionais de conservação da fauna. O Brasil tem seguido esta proposta e avaliado, de tempos em tempos o status de conservação da fauna e flora brasileira desde 1968, com a publicação da primeira lista nacional de espécies ameaçadas, promovida pelo Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF). Diversos estados brasileiros aderiram a este propósito e tem apresentado as suas listas estaduais, como Santa Catarina, que publicou a sua lista em 2011. No entanto, já se passaram 12 anos desde a publicação da lista vermelha de SC sem que haja algum movimento para se revisar a lista atual. Este procedimento, contraria a metodologia das listas vermelhas de acordo com o IUCN, que indica a necessidade de revisão periódica dentro de cinco anos. Neste trabalho, fazemos um exercício de reavaliar as sete espécies continentais de répteis listadas na Resolução CONSEMA de 2011, acrescentando duas espécies endêmicas e recentemente descritas: o lagarto Tropidurus imbituba e a cobra-de-duas-cabeças Amphisbaena arenicola, que não eram conhecidos na última revisão. Para atingir esse objetivo, foram revisados novos dados de registro de ocorrência das espécies no estado, com base em bancos de dados e literatura. Recalculamos para cada espécie sua área de extensão de ocorrência e área de ocupação e reavaliamos as espécies com base nos critérios estabelecidos pela IUCN, se existem mudanças nas categorias de ameaças das espécies citadas. Também aproveitamos para avaliar as espécies recém descritas. Os resultados demonstram alteração na categoria de duas das sete espécies avaliadas, com duas aumentando o nível de ameaça. As duas espécies recém descritas também foram incluídas em categoria de ameaça em nossa avaliação, totalizando nove espécies de répteis ameaçadas em Santa Catarina. / The "Red List" was established in 1964 by the International Union for Conservation of Nature (IUCN), an international species conservation body founded in 1948. It enabled the global monitoring of endangered species. Countries, inspired by the methodology used in composing these lists, have created national red lists for fauna conservation. Brazil has embraced this initiative, periodically assessing the conservation status of its fauna and flora since 1968, marked by the publication of the first national list of endangered species by the Brazilian Institute of Forestry Development (IBDF). Several Brazilian states have joined this effort, such as Santa Catarina, which released its list in 2011. However, 12 years have passed since the publication of Santa Catarina's red list without any movement to revise the current list. This contradicts the IUCN's methodology for red lists, which recommends periodic reviews within five years. In this study, we reevaluate the seven continental reptile species listed in the 2011 CONSEMA Resolution, adding two recently described endemic species: the lizard Tropidurus imbituba and the two-headed snake Amphisbaena arenicola, which were not known at the time of the last revision. To achieve this goal, we reviewed new occurrence records for these species in the state, relying on databases and literature. We recalculated the extent of occurrence and area of occupancy for each species, reassessing them based on IUCN criteria to determine if there are changes in the threat categories of the mentioned species. We also took the opportunity to evaluate the newly described species. The results indicate a change in the threat category for two of the seven evaluated species, with two increasing their threat level. The two newly described species were also included in a threat category in our assessment, totaling nine threatened reptile species in Santa Catarina. |
pt_BR |