O que a Ilha esconde por trás da magia: As expressões do racismo ambiental na sobreposição territorial do Quilombo Vidal Martins com o Parque Estadual do Rio Vermelho

Abstract

Esta pesquisa tem como objetivo identificar as manifestações do racismo ambiental em Florianópolis, a partir dos territórios sobrepostos do Quilombo Vidal Martins e do Parque Estadual do Rio Vermelho. Para tanto, será realizada uma análise bibliográfica sobre racismo ambiental no Brasil, juntamente com uma investigação do desenvolvimento histórico da comunidade quilombola e do Parque. O estudo indica que a forma como o racismo ambiental é praticado em Florianópolis, para além das dimensões mais correntes, ocorre também pela sobreposição de territórios, em que os conflitos são a fonte e o elemento central de sua manifestação. Ademais, a pesquisa apresenta elementos que evidenciam que o racismo ambiental é a maneira como o racismo estrutural se desenvolve a partir de mecanismos de injustiça social e ambiental – e que, para a comunidade de remanescentes de pessoas escravizadas, é um dos impedimentos para o reconhecimento legal de sua luta pela terra e pelo território. Este reconhecimento oferece uma leitura geográfica do processo de racismo ambiental e contempla uma análise que expande a complexidade de práticas racistas em sua espacialidade, integrando neste aspecto o território ao ambiente. Por isso, a pesquisa também enfatiza que a luta por justiça ambiental começa com a titulação de terras, ponto crucial para reconhecimento do direito ancestral ao território e base para políticas públicas que visam promover o reconhecimento cultural, o combate ao racismo e ao preconceito racial, e a concessão de justiça ambiental para comunidades quilombolas e negras de Florianópolis, e do Brasil como um todo.

Esta investigación tiene como objetivo identificar las manifestaciones de racismo ambiental en Florianópolis, a partir de los territorios superpuestos del Quilombo Vidal Martins y el Parque Estatal Rio Vermelho. Para ello, se realizará un análisis bibliográfico sobre el racismo ambiental en Brasil, junto con una investigación del desarrollo histórico de la comunidad quilombola y del Parque. El estudio indica que la forma en que se practica el racismo ambiental en Florianópolis, además de las dimensiones más comunes, también ocurre a través de territorios superpuestos, en los que los conflictos son fuente y elemento central de su manifestación. Además, la investigación presenta elementos que muestran que el racismo ambiental es la forma en que se desarrolla el racismo estructural a partir de mecanismos de injusticia social y ambiental, y que para la comunidad de remanentes de esclavos es uno de los impedimentos para el reconocimiento legal de sus derechos. Lucha por la tierra y el territorio. Este reconocimiento ofrece una lectura geográfica del proceso de racismo ambiental, e incluye un análisis que amplía la complejidad de las prácticas racistas en su espacialidad, integrando en este aspecto el territorio con el medio ambiente. Por lo tanto, la investigación también enfatiza que la lucha por la justicia ambiental comienza con la titulación de tierras, punto crucial para reconocer el derecho ancestral al territorio y base para políticas públicas que apuntan a promover el reconocimiento cultural, combatir el racismo y los prejuicios raciales, y la justicia ambiental para comunidades quilombolas y negras en Florianópolis y en Brasil en su conjunto.