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De modo geral o pasto é a principal fonte de alimento na produção de ruminantes.
Conhecer a qualidade das forragens catarinenses é relevante para desenvolver o
planejamento forrageiro, fornecer um manejo nutricional adequado e, em razão
deste, elevar a produtividade por hectare e a rentabilidade da produção. O objetivo
deste trabalho foi avaliar a variação da qualidade das forragens catarinenses em
dois diferentes manejos, simples e consorciados, estações do ano, primavera, verão,
outono e inverno e sete mesorregiões Alto Vale do Itajaí (AVI), Alto Vale do Rio do
Peixe (AVP), Extremo Oeste Catarinense (EOC), Litoral Sul Catarinense (LSC), Meio
Oeste Catarinense (MOC), Oeste Catarinense (OC), Planalto Norte Catarinense
(PNC). Ao todo, 512 amostras de forragem foram coletadas em diversas regiões do
estado de Santa Catarina, pelos extensionistas da EPAGRI (Empresa de Pesquisa
Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina), durante o período de 2020 a
2022, preparadas e encaminhadas ao Laboratório de Forragicultura do
Departamento de Zootecnia e Desenvolvimento Rural, pertencente ao Centro de
Ciências Agrárias da Universidade Federal de Santa Catarina. Para a determinação
da composição bromatológica foram realizadas análises de matéria seca (MS),
proteína bruta (PB), fibra detergente neutro (FDN) e fibra detergente ácido (FDA pela
técnica de espectroscopia de infravermelho próximo (NIR) com curvas de calibração
no equipamento modelo MPA FT-NIR (BRUKER® OPTIK GmbH, Rudolf Plank Str.
27, D-76275 Ettlingen). Os gêneros Cynodon e Pennisetum foram as mais
encontradas nas propriedades acompanhadas, além das anuais de inverno Avena e
Lolium. As forragens com maiores teores de PB foram coletadas no Alto Vale do Rio
do Peixe. Por outro lado, as forragens com maiores teores de FDA e FDN foram
coletadas no Litoral Sul Catarinense e no Alto Vale do Itajaí, respectivamente. Os
teores de PB mais altos são provenientes das amostras coletadas no inverno, esse
resultado era esperado pela ampla utilização de forrageiras de inverno no estado.
Enquanto os de FDA e FDN são do verão, resultado também esperado pela alta
produção de matéria verde das forrageiras no verão. O manejo consorciado, ou seja,
aquele que é composto por mais de uma espécie forrageira, apresentou teores
maiores de PB e menores de FDA e FDN em relação ao simples. Conclui-se que
variações na qualidade das forragens são evidentes em função da estação, da
mesorregião e do tipo de manejo, necessitando monitoramento constante para
subsidiar técnicos e produtores com informações quanto a decisões de manejo. |
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