Abstract:
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O objetivo deste trabalho foi investigar junto a tutores, a humanização dos cães e sua
influência na percepção do escore de condição corporal de cães (ECC), por meio de um
questionário. O estudo foi desenvolvido na cidade de Florianópolis – SC, durante o ano
de 2023. O questionário foi composto por 20 perguntas que abordaram o perfil do tutor,
do cão e a humanização do tutor com o cão. O questionário foi aplicado de forma
presencial em locais públicos com notória presença de tutores com seus cães. Foram
obtidas 389 respostas, avaliadas por análises descritivas. A análise comparativa da
percepção de escore da condição corporal do cão (Escore 1 – Muito magro; 2 – Magro;
3 – Ideal; 4 – Sobrepeso; 5 – Obeso) por parte do seu tutor em relação a percepção
pelo entrevistador, foi realizada por teste não-paramétrico de Spearman, para obtenção
dos coeficientes de correlação. Sobre o perfil dos tutores, a maioria eram mulheres
(66,1%), na faixa etária de 26 a 46 anos (62%) e praticantes de atividades físicas
regulares (75,8%), sendo que 49,9% se consideravam no peso ideal e 46,3% acima do
peso. Em relação aos cães: 53% eram machos e 47% fêmeas; 28,5% eram sem raça
definida (SRD) e a maioria com porte pequeno a médio (88,9%). A faixa etária
predominante foi de 1 a 4 anos (50,1%). De acordo com os tutores 82,3% dos cães não
apresentavam problemas de saúde e 70,1% dos cães praticam atividades física intensa
a moderada. A correlação entre o entrevistador e o tutor (que foi entrevistado),
mostraram concordância significativa (p<0,01) entre as respostas de ambos sobre o
ECC do cão avaliado. Onde houve predominância (média de 69%) de escore de
condição corporal 3, que é peso ideal. A maioria dos tutores (76,3%) não criou redes
sociais a seus cães, não frequentam eventos sociais voltados a cães (74,6%) e os que
possuem roupas são, na maioria, para situações de proteção de frio. Considerando
somente as 25,89% respostas dos tutores, que não apresentaram concordância entre a
observação de escore de condição corporal dos cães comparadas ao entrevistador, a
maior parte dos atributos relacionados a humanização não ocorrem. Onde 70,40%
destes cães não possuem fantasias e acessórios, e 84,69% não participam de eventos
voltados a cães e não possui redes sociais, o que demonstra que a humanização não
influencia a percepção do tutor do escore de condição corporal do cão. Logo, não há
alta ocorrência de humanização dos cães de Florianópolis – SC. Não havendo influência
deste fator na percepção dos tutores sobre o escore corporal dos cães, os quais
predominantemente estavam e ECC de 3, considerado peso ideal. |