Title: | Quentin Skinner e a interpretação do pensamento político de Thomas Hobbes: uma análise da teoria e da prática do contextualismo linguístico |
Author: | Costa, Alexandre Fiori de Almeida Martins |
Abstract: |
A presente tese apresenta uma avaliação sobre a aplicação da metodologia de Quentin Skinner para a historiografia, usualmente denominada contextualismo linguístico, por meio dos principais textos produzidos pelo autor acerca do pensamento político de Thomas Hobbes. A contribuição historiográfica de Skinner, tanto para a teoria da história quanto para a história do pensamento político, foi iniciada em meados da década de 1960, momento em que o autor publicou os seus primeiros artigos sobre o contexto político de Hobbes, em paralelo a um ensaio teórico sobre o problema da explicação histórica. A partir daí, Skinner se dedicou a um projeto duplo e interconectado: minar a base das interpretações contemporâneas dos pensadores clássicos da teoria política moderna e, ao mesmo tempo, propor o método de análise adequado para a condução de pesquisas na área. É certo que os trabalhos de Skinner em história do pensamento político não se limitam à análise da obra de Hobbes, assim como seus textos de caráter teórico-metodológico não se restringem exclusivamente ao desenvolvimento do contextualismo linguístico. Todavia, o fato de serem os dois tópicos mais extensamente explorados pelo autor, além de terem surgido de forma paralela, indicam que os seus escritos sobre Hobbes constituem o local privilegiado para uma avaliação, a nível prático, das suas concepções metodológicas. Sendo assim, a proposta geral da tese é ler os textos de Skinner sobre Hobbes como aplicações do contextualismo linguístico e, com isso, esclarecer os méritos e as limitações da metodologia, bem como os resultados que podem ser esperados com a sua utilização, além de sugerir possibilidades de avanços teóricos com base nos debates contemporâneos da historiografia. Abstract: This thesis presents an assessment of the application of Quentin Skinner's methodology to historiography, usually called linguistic contextualism, through the main texts produced by the author about the political thought of Thomas Hobbes. Skinner's historiographical contribution, both to the theory of history and to the history of political thought, began in the mid-1960s, when he published his first articles on Hobbes' political context, in parallel with a theoretical essay on the problem of historical explanation. From then on, Skinner devoted himself to a double and interconnected project: to undermine the basis of contemporary interpretations of the classical thinkers of modern political theory and, at the same time, to propose the appropriate method of analysis for conducting research in the area. It is true that Skinner's work in the history of political thought is not limited to the analysis of Hobbes' work, just as his theoretical-methodological texts are not restricted exclusively to the development of linguistic contextualism. However, the fact that they are the two topics most extensively explored by the author, as well as having arisen in parallel, indicates that his writings on Hobbes constitute the privileged place for an evaluation, at a practical level, of his methodological conceptions. Thus, the general purpose of the thesis is to read Skinner's texts on Hobbes as applications of linguistic contextualism and, thereby, to clarify the merits and limitations of the methodology, as well as the results that can be expected from its use, in addition to suggesting possibilities for theoretical advances based on contemporary debates in historiography. |
Description: | Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em História, Florianópolis, 2024.. |
URI: | https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/254628 |
Date: | 2024 |
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PHST0807-T.pdf | 1.365Mb |
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