A literatura também é para brincar: o papel do fantástico na construção do humano e sua importância à Educação

Abstract

A pesquisa tem como proposta investigar as possíveis relações entre Educação e Literatura, mostrando o papel da literatura fantástica e poética na construção do humano e a sua importância para a Educação. Refletindo sobre a concepção de palavra como entidade fantástica, situando-a no contexto do estabelecimento literário, a investigação também situa diversos limites e desafios no processo da educação das crianças. Busca-se destacar que a palavra como ficção, criação, poesia, imaginação, humanização, compartilhamento e liberdade pode ser articulada a partir das enunciações de Jacqueline Held, Gianni Rodari, Glória Kirinus, Gilka Girardello, Antônio Cândido, Teresa Colomer e Paulo Freire. Nessa perspectiva, a palavra não é, a palavra e. A partir de um estudo de cunho bibliográfico, a investigação estabelece diálogo com a trajetória de vida pessoal da autora, refletindo sobre o potencial que o fantástico pode ter nas classes de alfabetização, na percepção da pessoa em sua relação com o mundo. O estudo considera que dar lugar à literatura fantástica na Educação básica é indispensável não somente pelo valor cultural, mas, principalmente pelo valor de libertação que a palavra pode proporcionar. Consequentemente, poderá assegurar possibilidades para a construção de uma criança que possa tornar-se um cidadão, amanhã, livre em um mundo mais aberto e justo.