Proteção à infância: o que os TCCs da UFSC têm a dizer? Sobre a necessidade de investir em escola protetiva

Abstract

Este trabalho investiga o que as pesquisas dos cursos de graduação da Universidade Federal de Santa Catarina vêm discutindo acerca da temática “infância e proteção”, debruçando-se sobre seus possíveis desdobramentos no âmbito escolar. Buscou-se analisar o quanto esta temática vem sendo discutida na academia, especialmente no curso de Pedagogia, bem como identificar os atravessamentos do conceito de gênero que permeiam estes estudos. Metodologicamente, a pesquisa se sustentou nos pressupostos da análise bibliográfica. Explorou-se o Repositório Institucional da UFSC, no banco de Trabalhos de Conclusão de Curso de Graduação. A partir desse esquadrinhamento foi possível perceber que os cursos de graduação que mais dialogaram com o tema pesquisado foram o Serviço Social (47,7%), a Enfermagem (20,5%) e o Direito (11,4%). Enquanto o curso de Pedagogia produziu apenas 6,8% das pesquisas analisadas. Evidenciou-se a ausência do Estado na formulação de políticas Públicas frente à prevenção das violências infanto juvenil. Notou-se os atravessamentos de gênero nas pesquisas, na medida em que, o cuidado se mostrou atrelado às mulheres, como também, o protagonismo masculino nas relações de poder, subordinando às mulheres e crianças as várias modalidades de violências, em especial a violência doméstica. Desta maneira, concluímos que a formação inicial docente na UFSC precisa superar a carência de pesquisas acerca do direito à proteção das crianças no âmbito educacional, bem como refletir sobre a ação pedagógica em contextos de negligência dos Direitos da criança. Ficou evidenciada a necessidade da atuação efetiva dos profissionais da Educação, bem como a necessária e urgente capacitação desses sujeitos para o trabalho junto às diferentes etapas da educação, em defesa da garantia ao cuidado e proteção das crianças e dos adolescente