Neoconservadorismo : a teoria da injustiça de Jürgen Habermas

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Neoconservadorismo : a teoria da injustiça de Jürgen Habermas

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Title: Neoconservadorismo : a teoria da injustiça de Jürgen Habermas
Author: Moraes, Felipe Moralles e
Abstract: A presente tese defende uma relação externa e interna da obra de Jürgen Habermas com o neoconservadorismo. Externamente, a ligação se estabelece pelos subsídios fornecidos pelo filósofo para a compreensão dos atuais movimentos de extrema-direita, explicando tanto sua habilidade em mobilizar as massas e blindar os cidadãos contra o aprendizado com experiências alheias e com os próprios erros, quanto sua distinção para com o fascismo histórico. Internamente, o neoconservadorismo foi um dos principais motivos para a recuperação, depois da crítica da ideologia positivista em Conhecimento e interesse (1968), de um modelo de crítica da razão na Teoria da ação comunicativa (1981) e para sua transformação, posteriormente, em uma crítica dos paradigmas jurídicos em Facticidade e validade (1992). A tese argumenta que a ascensão do neoconservadorismo levou Habermas a aprofundar cada vez mais a ideia de intersubjetividade, que perpassa toda sua obra, até desenvolver uma teoria crítica da injustiça. Essa é entendida como uma teoria crítica da sociedade capitalista tardia baseada em um princípio normativo de universalização, mas um que notavelmente não presume um ideal de sociedade justa, nem uma teoria completa da justiça, nem bens básicos predeterminados, nem uma concepção universal do ser humano. Em vez disso, o princípio da discussão é reconstruído a partir de atos comunicativos e historicamente situados de negação. Esse princípio orienta a ação política para a efetivação da autonomia comunicativa dos agentes sociais e para uma unificação solidária de lutas contestatórias de classe, gênero, raça, etnia etc.Abstract: The present thesis argues for an external and internal relationship between the work of Jürgen Habermas and neoconservatism. Externally, this connection is established by the insights provided by the philosopher for understanding current far right movements, explaining both their ability to mobilize the masses and to shield citizens against learning from others' experiences and from their own mistakes, as well as the distinction between these far right movements and historical fascism. Internally, neoconservatism was a key factor for the recovery, after the critique of positivist ideology in Knowledge and human interests (1968), of a model of critique of reason in The theory of communicative action (1981) and for its subsequent transformation into a critique of legal paradigms in Between facts and norms (1992). The thesis defends that the rise of neoconservatism led Habermas to deepen the idea of intersubjectivity that permeates his entire body of work, ultimately developing a critical theory of injustice. This is understood as a critical theory of late capitalism society based on a normative principle of universalization, but one that notably does not presume an ideal of a just society, nor a complete account of justice, nor predetermined basic goods, nor a universal conception of the human being. Instead, the principle of discourse is reconstructed from communicative and historically situated acts of negation. This principle guides political action towards the communicative autonomy of social agents and towards a solidary unification of contestatory struggles based on class, gender, race, ethnicity, etc.
Description: Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa Programa de Pós-Graduação em Filosofia, Florianópolis, 2024.
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/254920
Date: 2024


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